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Saturday, March 03, 2018

S.O.S Orangotango de Bornéu !






Orangotango macho, Bornéu
Semenggok Forest Reserve Sarawak
BorneoMalaysia
créditos: Eleifert/Wiki Commons

O abate de árvores e as plantações à escala industrial nas florestas tropicais do Bornéu causaram o desaparecimento de 100.000 Orangotangos entre 1999 e 2015, alerta um novo estudo científico internacional.
O número é o resultado de 16 anos de trabalho de uma equipa internacional para saber o que está a acontecer ao Orangotango (Pongo pygmaeus), espécie ameaçada pela exploração mineira e pela indústria do óleo de palma, madeireira e de pasta de papel.


Orangotango de Bornéu (Pongo pygmaeus)
créditos: Eleifert

A situação crítica desta espécie levou a que, recentemente, mudasse de estatuto, passando a ser classificada Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), como Criticamente Em Perigo de extinção.
“O uso insustentável dos recursos naturais causou um declínio dramático dos Orangotangos do Bornéu”, (...) “Apenas 38 das 64 metapopulações que restam têm mais de 100 indivíduos.”
Investigadores,  artigo, revista Current Biology
As ameaças são várias. Só a desflorestação, por exemplo para criar espaço para as plantações de óleo de palma, pode dizimar mais 45.300 Orangotangos nos próximos 35 anos, estimam os investigadores. 
E depois, muitos animais vivem em populações pequenas e fragmentadas. “Estas não são viáveis e muito provavelmente vão desaparecer num futuro próximo.”
Os cientistas descobriram que os animais também estavam a desaparecer nas áreas ainda com floresta. 


Orangotango de Bornéu
créditos: Marc Ancrenaz
A causa? Segundo a investigadora Maria Voigt, do Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology (Alemanha). muitos Orangotangos estão a ser chacinados como retaliação por danos nas culturas.
O estudo refere que na região de Kalimantan morrem em média 2.256 Orangotangos por ano, devido a conflitos com as populações. 
“Isto é chocante e desnecessário. Os Orangotangos podem comer os frutos dos agricultores mas não são perigosos”.
Serge Wich
Segundo os investigadores, “parcerias eficazes com empresas madeireiras, cujas propriedades albergam a maioria dos orangotangos, são essenciais para travar o declínio destes animais”. 


 Female orangutans and her young
credits: Marc Ancrenaz

Female orangutans are occasionally killed for their young, which are sold on as pets, while others are killed for food or for venturing onto plantations or into gardens. 

Hunting and killing have driven a dramatic decline in the orangutan population on Borneo where nearly 150,000 animals have been lost from the island’s forests in 16 years, conservationists warn.




Orangutan in Borneo
credits: Marc Ancrenaz

Researchers estimate that the number of orangutans left on Borneo now stands at between 70,000 and 100,000, meaning the population more than halved over the study period which ran from 1999 to 2015. 

While the steepest percentage losses occurred in regions where the forest has been cut down to make way for palm oil and acacia plantations, more animals were killed by hunters who ventured into the forest, or by farm workers when the apes encroached on agricultural land, a study found.

“We need to work with people to help them understand that orangutans are not dangerous and that it’s illegal to kill them,” Wich said. One approach that might work, he said, is to have Indonesian and Malaysian role models raise awareness of orangutans through social media.



Orangutang babies rescued
credits: Caters

The super-cute snaps were captured by International Animal Rescue staff at their rehabilitation centre in Ketapang, West Kalimantan, in the Indonesian part of Borneo.

The youngsters - many of whom grew up in captivity as pets before being rescued - are being taught to climb, play and fend for themselves

The Mirror

Without fresh efforts to protect the animals, the numbers could fall at least another 45,000 in the next 35 years, the conservationists predict. The real decline could be worse, because the prediction is based only on habitat loss, and does not include killings.

The bleak assessment of the state of the Bornean apes comes from an international team of conservationists who compiled one of the most comprehensive reports yet on the animals, which in 2016 were declared “critically endangered” by the International Union for Conservation of Nature (IUCN)/ RED List . Read more here


Geração 'green'

4.03.2018

Creative Commons License

Saturday, July 18, 2015

Parabéns Jane Goodall : 55 anos de pesquisa



Jane Goodall

No passado dia 14 de Julho de 2015, celebrou-se o 55º aniversário da chegada da Jane Goodall aquilo que é hoje  conhecido como Gombe Stream National Park, Tanzânia, iniciando a sua pesquisa pioneira sobre chimpanzés selvagens.

Mais de cinco décadas depois, de a primatóloga Jane Goodall ter começado um projecto de pesquisa diferente de qualquer outro.


Um projecto que tanto nos ensinou sobre os nossos parentes mais próximos no reino animal. E continua ainda hoje a ensinar-nos.

Gombe Stream National Park é o lar de chimpanzés mais famosos do planeta. Por causa da Dr. Goodall e dos dedicados pesquisadores que se têm envolvido desde que ela chegou a Gombe, a vida destes chimpanzés tem sido documentada, fotografada, filmada e trazida para a cena pública, talvez mais do que qualquer outro espécie animal.




Credits : Jane Goodall Institute, Sweden

Jane Goodall foi consagrada a conservadora do ano no passado mês de Junho 2015. No dia 7 Junho num evento privado em Estocolmo, a Perfect World Foundation homenageou Jane com o prémio “The Fragile Rhino”, nomeando-a a ambientalista 2015. 

Os fundadores de The Perfect World Foundation, Ragnhild e Lars Jacobsson ofereceram o prémio a Jane, que o recebeu na presença de representantes do  Jane Goodall Institute Sweden.

A pesquisa que Jane começou há mais de 50 anos atrás, com uma bolsa de estudo, apenas por seis meses, é tão vibrante como sempre.



People's Climate March, Nova Yorque
Ban Ki-moon, secretártio geral da ONU, Al Gore

Jane Goodall, também é activista pelo ambiente, e participou na People's Climate March em Setembro 2014 juntamente com Al Gore, bem como Leonardo di Caprio que é um acérrimo defensor do ambiente.

Goodall continua a desempenhar um papel importante, não só para continuar a ajudar-nos a compreender os chimpanzés, mas tambéma informat sobre os esforços de conservação do Jane Goodall Institute na Tanzânia Ocidental, e até de certo modo através de toda as espécies de chimpanzé.

Parabéns Dr. Jane Goodall !



Jane Goodall

July 14, 2015 marked the 55th anniversary of the first time Dr. Jane Goodall set foot in what is now known as Gombe Stream National Park and launched her pioneering research with wild chimpanzees. 
Over five decades ago, Dr. Goodall begin a research project unlike any other one that has taught us so much about our closest cousins in the animal kingdom, and continues to teach us today.



Gombe Stream National Park is home to the most famous chimpanzees on earth. Because of Dr. Goodall and the dedicated researchers that have become involved since she first arrived at Gombe, the lives of these chimpanzees have been documented, photographed, filmed and put out on the public stage, perhaps more than any other wild creature ever. 



The research that Jane started over fifty years ago, is as vibrant as ever, and now plays an important role not only to continue helping us understand chimpanzees, but also informing the Jane Goodall Institute's conservation efforts in Western Tanzania, and even in some ways across the entire chimpanzee range. 


People's Climate March, New York
Ban Ki-moon, secretary general UN, Al Gore
Jane is an activist for environment. She participated at the People's Climate March in New York, last September 2015. Leonardo di Caprio, a huge environmentalist also participated. 


Jane Goodall "The Fragile Rhino" prize
Credits : Jane Goodall Institute, Sweden
On Sunday, June 7th at a private event in Stockholm, The Perfect World Foundation honored Jane with the “The Fragile Rhino” prize along with naming her conservationist of the year for 2015. The founders of The Perfect World Foundation, Ragnhild and Lars Jacobsson presented the award to Jane, who received it with representatives from the Jane Goodall Institute Sweden.

“To Dr. Jane Goodall, for her long, persistence and amazing work to highlight the situation, and for been taking inspiring actions, to help endangered species and particularly Chimpanzees”

Congratulations for all you made us understand, Dr. Goodall!

Geração 'green'

18.09.2015
Creative Commons License

Sunday, May 18, 2014

Rãs dançantes descobertas na India



Foto: Satyabhama Das Biju/AP
Leram bem ! Rãs dançantes. Na India, cientistas descobriram 14 novas espécies de rãs nas florestas montanhosas do sul do país. 
De acordo com os biologistas indianos, estas novas espécies de anfíbios são rãs dançantes, e devem o seu nome aos movimentos estranhos que executam para atrair um parceiro.
Estas espécies procriam depois das monções do início do ano em pequenos cursos de água rápidos. Porém, o seu habitat está a tornar-se cada vez mais seco, muito em parte devido à desflorestação potenciada pelo crescimento da população indiana.


Foto: Satyabhama Das Biju/AP
O estudo, onde as novas espécies são listadas, publicado na revista científica do Ceilão, aumenta para 24 o número de espécies de rãs dançantes da Índia. 
Estas espécies são encontradas apenas nos Gates ocidentais da Índia, uma região montanhosa que se estende por 1.600 quilómetros desde o estado de Maharashtra até ao ponto mais a sul do país.
No entanto, apesar de acabarem de ter sido descobertas, estas novas espécies de rãs estão já em risco. 
Durante os 12 anos que os cientistas tentaram comprovar a sua existência, com marcadores de ADN e através de descrições morfológicas, o número de anfíbios diminuiu drasticamente. 


Foto: Satyabhama Das Biju/AP
O estudo, onde as novas espécies são listadas, publicado na revista científica do Ceilão, aumenta para 24 o número de espécies de rãs dançantes da Índia. 

As espécies são apenas encontradas nos Gates ocidentais da Índia, uma região montanhosa que se estende por 1.600 quilómetros desde o estado de Maharashtra até ao ponto mais a sul do país. .
Apenas os machos executam este ritual de acasalamento. Quanto maior for a rã macho mais dança. Os machos utilizam ainda as suas pernas extensivas para afastar outros machos concorrentes, já que o rácio dos anfíbios costuma ser de 100 machos para uma fêmea.
Estas rãs são de pequena proporção, não maiores do que uma noz e são facilmente transportadas por riachos de correntes rápidas. Assim, a época de acasalamento ocorre apenas quando o nível de água dos cursos é mais elevado. Se os cursos não transportarem água suficiente ou secarem demasiado cedo, as rãs não têm as condições ideais para acasalar.
A maior parte das 24 espécies de rãs dançantes habitam apenas uma pequena área. Segundo os cientistas, sete espécies habitam no que é descrito como habitat degradados e outras 12 vivem em locais que estão em declínio ecológico.


photo: Satyabhama Das Biju/AP
http://static.guim.co.uk/sys-http://static.guim.co.uk/
Scientists have discovered 14 new species of so-called dancing frogs in the jungle mountains of southern India.
Indian biologists say they found the tiny acrobatic amphibians, which earned their name with the unusual kicks they use to attract mates, declining dramatically in number during the 12 years in which they chronicled the species through morphological descriptions and molecular DNA markers. They breed after the yearly monsoon in fast-rushing streams, but their habitat appears to be becoming increasingly dry.
"It's like a Hollywood movie, both joyful and sad. On the one hand, we have brought these beautiful frogs into public knowledge. But about 80% are outside protected areas, and in some places, it was as if nature itself was crying," said the project's lead scientist, University of Delhi professor Sathyabhama Das Biju.
(...)
The study listing the new species published Thursday in the Ceylon Journal of Science brings the number of known Indian dancing frog species to 24. They're found exclusively in the Western Ghats, a lush mountain range that stretches 1,600 kilometers (990 miles) from the western state of Maharashtra down to the country's southern tip. Read more here
Geração 'green'
18.05.2014
Creative Commons License
Referências
Credits : photography Satyabhama Das Biju/AP
GreenSavers | Portufgal
The Guardian | Wildlife

Tuesday, January 08, 2013

Redescoberta a planta de café "híbrido de Timor"





Café Híbrido de Timor
Foto: Pedro Nogueira

A Universidade de Évora anunciou em Dezembro 2012 ter redescoberto a planta original de café do "híbrido de Timor", identificada nos anos 60 (século XX). Foi depois "perdida" e foram os clones que permitiram criar variedades resistentes à doença da ferrugem.

A planta original do híbrido de Timor, é o resultado do cruzamento da espécie arábica. Este cruzamento, improvável, pelo facto da espécie arábica ter o dobro dos cromossomas da espécie robusta, aconteceu por um acaso da natureza em Timor Leste.

"A planta é conhecida desde os anos 60, mas, no período da ocupação indonésia de Timor, perdeu-se todo esse conhecimento e referências", 

Pedro Nogueira, Universidade de Évora (UÉ) | Lusa



Fruto café híbrido de Timor
créditos:sweetmarias

A planta original do híbrido de Timor é um exemplar único no mundo, resistente à ferrugem do café, Hemileia vastatrix, e os seus clones e progénies foram utilizados na obtenção de variedades de café arábica resistente à ferrugem, como o Catimor. Estas novas variedades de cafés arábicos permitiram a melhoria e mesmo a salvação de vastas plantações de café arábica em todo o mundo.

“Os países produtores de cafés arábicos têm para com Timor, e também para com aqueles que souberam avaliar os seus méritos e depois o estudaram e trabalharam, uma dívida sentimental de gratidão pela cedência deste “Híbrido de Timor”, porque a partir dele se prepararam cultivares com bom potencial produtivo e resistentes às ferrugens, que hoje constituem a base da cafeicultura mundial dos arábicos” 



Esse "exemplar único no mundo", ou seja, "a planta original do 'híbrido de Timor'", foi agora redescoberta, graças a um projecto que envolve os departamentos de Geociências e Economia da UÉ, a Universidade Nacional de Timor Lorosae (UNTL) e o Centro para a Investigação da Ferrugem do Café, em Lisboa. 

"A UÉ já colabora com Timor desde 2000, em várias áreas de investigação, como a agronomia. Nesse âmbito, iniciamos este projecto em 2009 e conseguimos, este ano, identificar a planta"

Pedro Nogueira, investigador UÉ




Grão café híbrido de Timor
créditos:  Dan Smedley

O original do “híbrido de Timor” foi encontrado junto a uma aldeia timorense, “no meio de uma floresta de café não ordenada, sem qualquer protecção ou referência.”

"Para além do valor histórico, patrimonial, botânico, biológico e de herança ou de legado, que deverão ser aproveitados da forma mais apropriada pelo governo de Timor-Leste, da planta original do híbrido de Timor deverão ser colhidas as sementes para continuarem a serem utilizadas na investigação com vista à obtenção de novas variedades de café arábica resistentes à ferrugem e às doenças que afectam o fruto do café, a cereja."




Timor coffee hybrid 

The original coffee plant of "híbrido de Timor" has been rediscovered in December 2012 by a team of investigators of Universidade de Évora - (Portugal), and Universidade Nacional de Timor Lorosae (UNTL).

Geração 'green'

08.01.2013

Creative Commons License

Créditos vídeo: Pedro Nogueira | Universidade de Évora

Referência:

Com Universidade Nacional de Timor Lorosae UÉ encontra a planta original do híbrido de Timor | UELine