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Saturday, October 14, 2017

Aguia imperial envenada ? Espécie em risco de extinção





Águia imperial ibérica
créditos: Autor não identificado

Uma águia-imperial ibérica (Aquila adalberti), espécie em perigo crítico de extinção, foi encontrada morta esta semana no Alentejo. Suspeita-se de envenamento, segundo revelou o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Na passada segunda-feira, dia 9 de Outubro. o ICNF foi contactado pela Junta de Andaluzia no sentido de verificar o que estava a suceder com uma águia-imperial-ibérica, nascida em Espanha, e cujo sinal de satélite indicava a sua presença na zona do Azinhal – Mértola, em pleno Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG).


Águia imperial ibérica
créditos: Autor não identificado
Os emissores de satélite, colocados nos animais para seguimento da sua dispersão e da evolução da população a nível ibérico, têm um mecanismo que permite detectar a morte por alteração do tipo de sinal enviado. Foi deste modo que as suspeitas levaram os técnicos daquela área protegida a deslocar-se ao local de transmissão do sinal e confirmar a ocorrência.
A ave acabou por ser encontrada morta, “apresentando indícios de morte por envenenamento”.



Águia imperial ibérica
créditos: REUTERS/ LaSZLO BALOGH

Este é o sexto exemplar de águia-imperial-ibérica que sucumbe, com fortes indícios de veneno, nos últimos quatro anos no Alentejo, comprometendo o sucesso de reprodução desta ave no sul de Portugal.
O cadáver foi enviado para o “para confirmar a causa, determinar o tipo de veneno utilizado e como se procedeu à sua ingestão”.
Entretanto, a zona envolvente foi rastreada pela equipa cinotécnica do SEPNA – Serviço de Ambiente da GNR, juntamente com Vigilantes da Natureza do PNVG à procura de outros indícios.


Águia imperial ibérica
créditos: ICNF

“Encontrar um isco com veneno é um trabalho determinante nestas situações na medida em que o isco permanecerá no campo, acessível a toda a fauna, selvagem e doméstica, e inclusive acarretando riscos para o próprio ser humano. Por essa razão o binómio humano-cão de que hoje se dispõe para vigilância nas áreas naturais, é uma mais-valia.”
O ICNF salienta que “a eliminação de espécies selvagens através da utilização de venenos é um método ilegal e perigoso. Os venenos são utilizados por várias razões, sendo uma das mais graves e importantes, a diminuição da predação sobre espécies pecuárias e cinegéticas”. 
No entanto, lembra que há "soluções de prevenção e de controlo, passíveis de autorização pela administração sem recorrer a meios ilegais como o veneno”.




Milhafre com sintomas de envenenamento grave
ZPE de Castro Verde

Embora o veneno não lhes seja dirigido, só no último ano foram encontrados mortos na zona de Castro Verde e Mértola, 13 milhafres, duas cegonhas e três águias-imperiais-ibéricas, podendo ser apenas uma parte dos exemplares potencialmente afectados.
A ave agora encontrada é a terceira nascida na região da Andaluzia e que acaba por morrer em Portugal.



Águia imperial ibérica

A águia-imperial-ibérica ocorre exclusivamente na Península Ibérica e constitui uma das aves mais ameaçadas na Europa. 
Existem cerca de 500 casais em toda a Península Ibérica e, desde 2004, que é alvo de um memorando de entendimento entre Portugal e Espanha para a sua recuperação. 
Em 2017, nidificaram 15 casais em Portugal, no interior ou na área envolvente das ZPE do Tejo Internacional, Erges e Ponsul, de Veiros, de Castro Verde e do Vale do Guadiana. 
Nestes ninhos nasceram pelo menos 17 crias e, destas, 15 já voaram com sucesso. No entanto, até à data, o ICNF também registou 31 situações de desaparecimento de pelo menos um dos progenitores de entre os casais reprodutores identificados.




Un águila imperial junto a sus pollos 
créditos: Europa Press
El águila imperial es el ave rapaz forestal de mayor porte presente en la Península Ibérica y por ello una de las más perseguidas a través de disparos o veneno

La destrucción de su hábitat o la caída de las poblaciones de su presa principal, el conejo, así como la muerte en tendidos eléctricos supuso casi la extinción en la década de los años setenta y ochenta del pasado siglo, motivando su catalogación en peligro de extinción en toda España y Portugal.

En 2017, nidificaron 15 parejas en Portugal, en el interior o en el área circundante de las ZPE del Tajo Internacional, Erges y Ponsul, de Veiros, de Castro Verde y del Valle del Guadiana.

En 1999, en Castilla y León la situación de su población se redujo a 16 parejas confinadas en el sur de las provincias de Ávila y Segovia. 



Un águila imperial ibérica muerto
créditos: Ical
Un joven ejemplar de águila imperial ibérica ha sido hallado muerto al sur de la provincia de Alentejo, Portugal con aparentes causas externas de veneno. Su cadáver ha sido trasladado por los agentes medioambientales al Centro de Recuperación de Fauna Salvaje para determinar al causa de su muerte.
Esta especie se encuentra estrictamente protegida y está catalogada como «en peligro de extinción», según el Catálogo Nacional de Especies Amenazadas, han informado a Europa Press la Asociación para la Conservación y el Estudio de la Naturaleza de Valladolid (Acenva), y el Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (IGNF) Portugal.
El hecho de que el ejemplar no presentara signos externos de la causa de la muerte, su juventud, y en la zona donde ha sido hallado hace que no se descarte, hasta la realización de la necropsia, que la causa del fallecimiento pudiera estar relacionada con el veneno.
Geração 'green'
14.10.2017
Creative Commons License
Referências:
Wilder/ El Mundo

Tuesday, October 27, 2015

Portugal e Espanha juntos para salvar aves em perigo



Abutre/britango
créditos: César Oliveira

Há um novo projecto para reforçar as populações de aves rupícolas no Douro Internacional como a águia-perdigueira e o britango. Denomina-se LIFE Rupis e é um projecto transfronteiriço, financiado pela União Europeia em território ibérico, para preservar águias e abutres.
O LIFE Rupis é um dos mais recentes projectos financiados pela União Europeia em território ibérico, destaca-se por ser um projecto transfronteiriço, com acções concertadas dos dois lados da fronteira, e abrange a Zona de Protecção Especial (ZPE) do Douro Internacional, Vale do Rio Águeda e a Zona de Especial Protecção de Aves (ZEPA) de Arribes del Duero.


Abutre
créditos : Pedro Cunha
LIFE Rupis envolve nove entidades ibéricas ligadas à conservação da natureza que revelaram na passada quinta-feira, 22 Outubro 2015 estar a desenvolver um projecto para reforçar as populações de aves rupícolas no Douro Internacional como a águia-perdigueira e o britango.
"Com uma duração de quatro anos, o projecto pretende implementar acções que visam reforçar as populações de águia-perdigueira e britango na área transfronteiriça do rio Douro, através da redução da mortalidade destas aves e do aumento do seu sucesso reprodutor", 
Domingos Leitão, coordenador (SPEA)


Britango
créditos: João Luís Teixeira
O britango e a águia-perdigueira estão em perigo de extinção, tanto em Portugal como em Espanha. 
O britango é o abutre mais pequeno da Europa. Está classificado como “Em Perigo” no território Europeu, onde as suas populações registaram um decréscimo de 50% nos últimos 40 anos, e uma elevada perda de habitat. 


Águia-perdigueira
créditos: não identificado
A águia-perdigueira tem um estatuto de “Quase Ameaçada” na Europa, devido ao decréscimo populacional e à pressão sobre as suas populações. Na área abrangida pelo projeto existem 13 casais de águia-perdigueira e uma das mais importantes populações de britango da Península Ibérica, com 116 casais.
Entre as várias acções previstas destaca-se a alimentação artificial dirigida ao britango, baseada numa rede de alimentadores fixos e móveis, que irá permitir o aumento da disponibilidade de alimento perto dos locais de reprodução da espécie.
“Pela primeira vez em Portugal vão ser marcados britangos com emissores de satélite, para seguimento à distância e investigação dos seus hábitos dispersivos e migratórios”, 
Domingos Leitão, SPEA
Segundo o coordenador do projecto o britango e a águia-perdigueira estão em perigo de extinção, tanto em Portugal como em Espanha.
"O britango é o abutre mais pequeno da Europa. Está classificado como 'em perigo' no território Europeu, onde as suas populações registaram um decréscimo de 50% nos últimos 40 anos, e uma elevada perda de 'habitat'", concretiza.
Já a águia-perdigueira tem um estatuto de “quase ameaçada” na Europa, devido ao decréscimo populacional e à pressão sobre as suas populações.
Na área abrangida pelo projecto existem 13 casais de águia-perdigueira e uma das mais importantes populações de britango da Península Ibérica, com 116 casais.
O projecto para salvaguardar as aves ameaçadas prevê a realização de “acções pioneiras de combate ao uso ilegal de venenos, com equipas da GNR que utilizam cães treinados, a correcção de linhas eléctricas com equipamentos anti-electrocussão e anti-colisão de aves dos dois lados da fronteira e a elaboração de um plano de acção transfronteiriço para a conservação do britango”.
Serão geridos mais de mil hectares de habitats importantes para as espécies alvo e criada uma cerca móvel para alimentação de aves necrófagas, para reforçar territórios com escassez acentuada de alimento.


Abutre
créditos: DR
LIFE Rupis un proyecto transnacional, que se llevará a cabo en España y Portugal, para protección de aves en peligro de extinción en Europa, como el águila y buitre.

créditos: José Viana
Lea más aquí (en Portugués) 
Geração 'green'
27.10.2015
Creative Commons License
Referências : SPEA