Águia imperial ibérica
créditos: Autor não identificado
Uma águia-imperial ibérica (Aquila adalberti), espécie em perigo crítico de extinção, foi encontrada morta esta semana no Alentejo. Suspeita-se de envenamento, segundo revelou o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Na passada segunda-feira, dia 9 de Outubro. o ICNF foi contactado pela Junta de Andaluzia no sentido de verificar o que estava a suceder com uma águia-imperial-ibérica, nascida em Espanha, e cujo sinal de satélite indicava a sua presença na zona do Azinhal – Mértola, em pleno Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG).
Águia imperial ibérica
créditos: Autor não identificado
Os emissores de satélite, colocados nos animais para seguimento da sua dispersão e da evolução da população a nível ibérico, têm um mecanismo que permite detectar a morte por alteração do tipo de sinal enviado. Foi deste modo que as suspeitas levaram os técnicos daquela área protegida a deslocar-se ao local de transmissão do sinal e confirmar a ocorrência.
A ave acabou por ser encontrada morta, “apresentando indícios de morte por envenenamento”.
Águia imperial ibérica
créditos: REUTERS/ LaSZLO BALOGH
Este é o sexto exemplar de águia-imperial-ibérica que sucumbe, com fortes indícios de veneno, nos últimos quatro anos no Alentejo, comprometendo o sucesso de reprodução desta ave no sul de Portugal.
O cadáver foi enviado para o “para confirmar a causa, determinar o tipo de veneno utilizado e como se procedeu à sua ingestão”.
Entretanto, a zona envolvente foi rastreada pela equipa cinotécnica do SEPNA – Serviço de Ambiente da GNR, juntamente com Vigilantes da Natureza do PNVG à procura de outros indícios.
Águia imperial ibérica
créditos: ICNF
“Encontrar um isco com veneno é um trabalho determinante nestas situações na medida em que o isco permanecerá no campo, acessível a toda a fauna, selvagem e doméstica, e inclusive acarretando riscos para o próprio ser humano. Por essa razão o binómio humano-cão de que hoje se dispõe para vigilância nas áreas naturais, é uma mais-valia.”
O ICNF salienta que “a eliminação de espécies selvagens através da utilização de venenos é um método ilegal e perigoso. Os venenos são utilizados por várias razões, sendo uma das mais graves e importantes, a diminuição da predação sobre espécies pecuárias e cinegéticas”.
No entanto, lembra que há "soluções de prevenção e de controlo, passíveis de autorização pela administração sem recorrer a meios ilegais como o veneno”.
Milhafre com sintomas de envenenamento grave
ZPE de Castro Verde
Embora o veneno não lhes seja dirigido, só no último ano foram encontrados mortos na zona de Castro Verde e Mértola, 13 milhafres, duas cegonhas e três águias-imperiais-ibéricas, podendo ser apenas uma parte dos exemplares potencialmente afectados.
A ave agora encontrada é a terceira nascida na região da Andaluzia e que acaba por morrer em Portugal.
Águia imperial ibérica
A águia-imperial-ibérica ocorre exclusivamente na Península Ibérica e constitui uma das aves mais ameaçadas na Europa.
Existem cerca de 500 casais em toda a Península Ibérica e, desde 2004, que é alvo de um memorando de entendimento entre Portugal e Espanha para a sua recuperação.
Em 2017, nidificaram 15 casais em Portugal, no interior ou na área envolvente das ZPE do Tejo Internacional, Erges e Ponsul, de Veiros, de Castro Verde e do Vale do Guadiana.
Nestes ninhos nasceram pelo menos 17 crias e, destas, 15 já voaram com sucesso. No entanto, até à data, o ICNF também registou 31 situações de desaparecimento de pelo menos um dos progenitores de entre os casais reprodutores identificados.
Un águila imperial junto a sus pollos
créditos: Europa Press
El águila imperial es el ave rapaz forestal de mayor porte presente en la Península Ibérica y por ello una de las más perseguidas a través de disparos o veneno.
La destrucción de su hábitat o la caída de las poblaciones de su presa principal, el conejo, así como la muerte en tendidos eléctricos supuso casi la extinción en la década de los años setenta y ochenta del pasado siglo, motivando su catalogación en peligro de extinción en toda España y Portugal.
En 2017, nidificaron 15 parejas en Portugal, en el interior o en el área circundante de las ZPE del Tajo Internacional, Erges y Ponsul, de Veiros, de Castro Verde y del Valle del Guadiana.
En 1999, en Castilla y León la situación de su población se redujo a 16 parejas confinadas en el sur de las provincias de Ávila y Segovia.
Un águila imperial ibérica muerto
créditos: Ical
Un joven ejemplar de águila imperial ibérica ha sido hallado muerto al sur de la provincia de Alentejo, Portugal con aparentes causas externas de veneno. Su cadáver ha sido trasladado por los agentes medioambientales al Centro de Recuperación de Fauna Salvaje para determinar al causa de su muerte.
Esta especie se encuentra estrictamente protegida y está catalogada como «en peligro de extinción», según el Catálogo Nacional de Especies Amenazadas, han informado a Europa Press la Asociación para la Conservación y el Estudio de la Naturaleza de Valladolid (Acenva), y el Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (IGNF) Portugal.
El hecho de que el ejemplar no presentara signos externos de la causa de la muerte, su juventud, y en la zona donde ha sido hallado hace que no se descarte, hasta la realización de la necropsia, que la causa del fallecimiento pudiera estar relacionada con el veneno.
Geração 'green'
14.10.2017
Referências:
Wilder/ El Mundo
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