A 23 de Novembro, assinala-se o Dia da Floresta Autóctone, estabelecido para destacar a importância da conservação das florestas nativas.
As florestas autóctones são compostas por árvores próprias da região ou país onde vivem.
Em Portugal, os castanheiros, as azinheiras, os sobreiros ou os loureiros, são alguns dos exemplos de espécies autóctones da nossa flora.
Estas florestas estão melhor adaptadas ao solo e ao clima locais, desempenhando um papel vital na purificação e regulação do ar e da água, e facilitam a captura de carbono atmosférico.
Além de protegerem o solo e favorecerem a agricultura, são habitats ricos em biodiversidade e proporcionam serviços essenciais às comunidades locais.
As florestas autóctones :
Estão mais adaptadas às condições do solo e do clima do territórios
São mais resistentes a pragas, doenças, incêndios, longos períodos de seca ou de chuva intensa;
Desempenham um papel vital na purificação do ar e da água, na manutenção do ciclo da água e no sequestro de carbono;
Protegem o solo contra a erosão e a degradação, permitem a sua regeneração e ajudam a manter a sua fertilidade, essencial para o sucesso da atividade agrícolas;
Proporcionam outros importantes recursos económicos (cortiça, frutos silvestres, plantas medicinais e aromáticas, cogumelos, mel, etc.);
São habitat de grande número de espécies de flora e fauna, contribuindo para a estabilidade dos ecossistemas;
Têm valor cultural e identitário para as comunidades locais, enquadrando e inspirando práticas tradicionais, histórias e lendas.
A Floresta Laurissilva, anterior ao povoamento da Ilha da Madeira, é um excelente exemplo de floresta autóctone e um dos elementos mais singulares da Reserva da Biosfera de Santana.
Segundo narrativas contemporâneas da descoberta da Madeira (1420), toda a ilha era coberta de extenso e denso arvoredo, razão pela qual os navegadores portugueses lhe atribuíram o nome de "Madeira".
Trata-se de uma floresta com características subtropicais, húmida, cuja origem remonta ao Terciário onde chegou a ocupar vastas extensões do Sul da Europa e da bacia do Mediterrâneo. As últimas glaciações levaram ao seu desaparecimento no continente europeu, sobrevivendo apenas nos arquipélagos atlânticos dos Açores, da Madeira e das Canárias.
Com 15 000 hectares, caracteriza-se por um complexo e diversificado ecossistema, com grande relevância científica e botânica, tendo sido classificada como Reserva Biogenética do Conselho da Europa em 1992, Sítio de Interesse Comunitário integrado na Rede Natura 2000 e Património Natural Mundial da UNESCO desde 1999.
The 23 November is Native Forest Day ! Established to highlight the importance of conservation the native forests.
Native forests are made up of trees specific to the region or country where they live.
In Portugal, chestnut trees, holm oaks, cork oaks or laurel trees are some examples of indigenous species of our flora.
These forests are better adapted to the local soil and climate, playing a vital role in purifying and regulating the air and water, and facilitating the capture of atmospheric carbon.
In addition to protecting the soil and promoting agriculture, they are habitats rich in biodiversity and provide essential services to local communities.
Laurissilva Forest, Madeira, Portugal
credit: Hugo Reis
via Visit Madeira
The Laurissilva Forest, prior to the settlement of Madeira Island, is an excellent example of native forest and one of the most unique elements of the Santana Biosphere Reserve.
According to narratives contemporary to the discovery of Madeira (1420), the entire island was covered in extensive and dense trees, which is why Portuguese navigators gave it the name "Madeira".
With 15,000 hectares, it's characterized by a complex and diverse ecosystem, with great scientific and botanical relevance, having been classified as a Biogenetic Reserve by the Council of Europe in 1992, a Site of Community Interest integrated into the Natura 2000 Network and a UNESCO World Natural Heritage Site since 1999.
Geração green
23.11.2024
sources: Reservas da Biosfera Portugal / Comissão Nacional da UNESCO/ National GeopgraphicPortugal
Mais de 45 mil espécies estão risco de extinção actualmente, um aumento de 1 000 face a 2023, anunciou a União Internacional para a Conservação da Natureza UICN), com a conservação do lince Ibérico em destaque como boa notícia.
A UICN divulgou uma actualização da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, que inclui agora, no total, dados de 163. 040 espécies animais e vegetais, mais 6 000 do que no ano passado.
Os catos Copiapoa, do deserto de Atacama, no Chile, o elefante de Bornéu, no Brunei, e o lagarto gigante da Gran Canaria, em Espanha, estão entre as espécies mais ameaçadas, segundo a UICN
A organização internacional de conservação atribui a culpa às pressões das alterações climáticas, às espécies invasoras e à actividade humana, como tendências nas redes sociais.
Por exemplo, os cactos Copiapoa são cobiçados como plantas decorativas, impulsionando um comércio ilegal que tem crescido nas redes sociais, onde entusiastas e comerciantes exibem e vendem as plantas.
A actualização da Lista Vermelha aponta que 82% das espécies desses cactos estão agora em risco de extinção, um aumento de 27 pontos percentuais do que o registo de 2023.
De acordo com a organização, os contrabandistas e os caçadores furtivos ganharam maior acessibilidade ao habitat das plantas devido à expansão de estradas e à construção de habitações na zona do Atacama.
O relatório hoje publicado também destaca o elefante asiático de Bornéu como uma espécie em extinção, estimando-se que apenas cerca de 1.000 destes animais permaneçam na natureza.
A população diminuiu nos últimos 75 anos principalmente devido à desflorestação extensiva, destruindo grande parte do habitat dos elefantes.
Conflitos com humanos, perda de habitat devido à agricultura e plantações de madeira, mineração e desenvolvimento de infraestruturas, caça furtiva, exposição a agroquímicos e acidentes rodoviários também ameaçam a espécie, sustenta a UICN.
A lista ainda revelou o declínio dos répteis endémicos das Ilhas Canárias e em Ibiza devido às cobras invasoras.
No entanto, a UICN lembra os esforços de conservação que permitiram recuperar o Lince Ibérico depois de estar perto da extinção.
O número de linces Ibéricos adultos multiplicou-se por dez neste século e o animal deixou de estar classificado como “em risco” passando a espécie “vulnerável” na Lista Vermelha.
“Os esforços de conservação permitiram recuperar esta espécie depois de estar perto da extinção, com um aumento exponencial da sua população que passou de 62 espécimes adultos em 2001 para 648 em 2022”, precisou a UICN.
Segundo a organização, a população total do lince Ibérico (Lynx pardinus), incluindo jovens e adultos, é estimada em mais de 2 000 exemplares.
Desde 2010, mais de 400 linces Ibéricos foram reintroduzidos em partes de Portugal e Espanha e o animal ocupa agora pelo menos 3 320 quilómetros quadrados, contra 449 quilómetros quadrados em 2005. De acordo com o Censo 2023 do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas ICNF, existem em Portugal 191 exemplares de lince Ibérico.
It blames pressures from climate change, invasive species and human activity such as illicit trade and infrastructural expansion for sending more species to the brink of existence.
Now in its 60th year, the list sounds the alarm about animals and plants at risk of extinction, but it also highlights conservation success stories such as the Iberian lynx.
The list now includes 163,040 species in total, an increase of about 6,000 from last year. Copiapoa cacti native to Chile’s Atacama coastal desert, the Bornean elephant and the Gran Canaria giant lizard are among the threatened species, IUCN revealed.
The 2024 update also highlights the Asian elephant in Borneo as an endangered species. It is estimated that only about 1,000 Bornean elephants remain in the wild, according to IUCN analysis.
The population has decreased over the past 75 years primarily due to extensive logging of Borneo’s forests, destroying much of the elephants’ habitat.
Conflicts with humans, habitat loss due to agriculture and timber plantations, mining and infrastructure development, poaching, exposure to agrochemicals, and vehicle collisions also threaten the species, the IUCN said.
The list also revealed the “staggering” decline of endemic reptiles - the giant lizard and skink - on the Canary Islands and Ibiza due to predation by the invasive snakes.
In a contrasting tale, conservation efforts have revived the Iberian lynx from the brink of extinction, with the population increasing from 62 mature individuals in 2001 to 648 in 2022 and more than 2,000 now.
Iberian Lynx
credits: Antonio Pizarro/ AP
Doñana National Park in Aznalcazar, Spain, 2018
via Euronews
Once considered one of the most endangered wild cat species in the world, their population declined by 87 per cent and the number of breeding females dropped by more than 90 per cent between 1985 and 2001, according to Canada-based International Society for Endangered Cats.
Since 2010, more than 400 Iberian lynx have been reintroduced to parts of Portugal and Spain, IUCN said.
It is “the greatest recovery of a cat species ever achieved through conservation,” said Francisco Javier Salcedo Ortiz, who led the conservation action for the Iberian lynx.
"But with threats remaining, mainly from fluctuations of their prey's population, poaching and road kills, Salcedo Ortiz said “there is still a lot of work to do to ensure that Iberian lynx populations survive."
Francisco Javier Salcedo Ortiz
What can we say ?! It's so tragic this new report of the REDList ! However it's a great joy to know that Iberian Lynx is recovering and our country, Portugal is a good part of the project!
Está a decorrer desde Março 2024 até Jumho 2024 o VIIIth Census Internacional da Cegonha.
Em Portugal, o Censo Mundial de Cegonha-branca continua a decorrer até final de Junho 2024 em Portugal, com o objectivo de recensear o número total de ninhos existentes em todo o território nacional.
Desde 1974 este Censo é realizado internacionalmente de 10 em 10 anos, divulga o ICNF no seu site.
O anterior Censo de 2004, contabilizou 7.684 ninhos de cegonha ocupados em Portugal, mais do dobro dos registados em 1994 (3.302 ninhos).
Segundo a mesma fonte, em Portugal, a coordenação é do ICNF, sendo que este ano decorrerá, em paralelo, o 7º Censo Nacional de Cegonha-branca.
Cegonhas-brancas no Alvito, Alentejo.
crédito foto: Inês Catry
via Wilder.pt
Os dados são recolhidos por município, determinando a quantidade de ninhos ocupados e de ninhos vazios, assim como a tipologia do suporte onde os ninhos são construídos.
“Em virtude da sua conspicuidade e comportamento, tolerante à proximidade do Homem, a cegonha-branca (Ciconia ciconia) é uma espécie que tem permitido desenvolver uma consciência popular de conservação a ela associada, com uma importância fundamental na sensibilização e educação ambiental”.
ICNF
Uma das cegonhas com emissor GPS
crédito foto: Carlos Pacheco
via Wilder.pt
No entanto, “tem sido precisamente a sua proximidade ao Homem que tem vindo a gerar, por vezes, alguma incompatibilidade com certas actividades humanas”, acrescenta.
“Este censo é, assim, fundamental para compreender os fenómenos populacionais e comportamentais da espécie no nosso território, tendo em vista a redução, tanto quanto possível, das situações de conflito acima referidas, nas áreas onde a sua presença é mais acentuada.
Por outro lado, permite estimar a dimensão e a tendência da população nacional nidificante”, diz ainda o ICNF.
O Census está a decorrer desde Março 2024.
Apela-se à participação de voluntários que queiram colaborar nas equipas de campo ou no envio de informações.
Caso tenha interesse e disponibilidade em participar neste Censo deverá contactar os Coordenadores Regionais da sua área:
Direção Regional Conservação da Natureza e das Florestas do Norte
Every 10 years, in over 40 countries worldwide, a large-scale conservation event dedicated to a beloved bird species takes place – the International White Stork Census
In 2024, it will be the eighth edition. The Bulgarian Society for the Protection of Birds (BSPB) is the coordinating organization for the census, calling on people across the country to turn their gaze to their feathered neighbors and participate in the initiative.
The census will take place in June and July 2024, covering the entire country and more than 5,000 locations. With the help of volunteers, all stork nests will be visited, and adult birds and their young will be counted.
The first census of the White Stork was organized in 1934 at the initiative of Germany, and Bulgaria joined in the 1970s. BirdLife International is the organizer, and BSPB is the coordinating organization for Bulgaria. The main partner of BSPB in the census is the Executive Environment Agency (ExEA).
Information about the location of nests, unoccupied nests for various reasons this year, and endangered nests that will be subsequently secured with the help of relevant institutions will be gathered.
As the stork is a familiar and beloved species easily observed and recognized, children, families, entire classes, eco-clubs, and others can participate in the big census.