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Tuesday, May 07, 2019

Estudo das Nações Unidas revela que há um milhão de espécies ameaçadas de extinção






Estudo ONU
créditos: Getty Images
via BBC/News


Relatório divulgado esta segunda-feira pelas Nações Unidas, produzido por mias de 450 investigadores concluiu que a actividade humana está a colocar em risco de extinção um milhão de espécies em todas as regiões do mundo".

As actividades humanas são um risco para a biodiversidade global. O relatório elaborado por mais de 450 investigadores a pedido da Organização das Nações Unidas revela um número alarmante: mais de um milhão de espécies estão em risco de extinção, caso a actividade humana continue como tem acontecido. 





Estudo ONU
Tatou redondo 
Associação Caatinga/ Brazil

De acordo com estes investigadores, a extinção de espécies está acelerada a um ritmo nunca antes visto.

O estudo mostra que as pessoas alteraram ou destruíram mais de três quartos dos ecossistemas terrestres, dois terços dos habitats marinhos e mais de 85% das regiões húmidas mais importantes. As actividades da agricultura, pesca comercial, poluição industrial e urbanização são as que têm impacto maior, noticia o Slashdot.


Os cinco factores que impulsionam a degradação do meio ambiente:
O estudo menciona os cinco principais impulsionadores para a situação actual do planeta e todas as acções têm envolvimento humano. 
Em primeiro lugar, encontra-se a mudança na utilização da terra e do mar, em que três quartos do ambiente terrestre e cerca de 66% do ambiente marítimo foram "significativamente alterados" pela acção humana.
De seguida, os investigadores mencionam a exploração de organismos como o segundo responsável, visto 33% dos recursos marinhos terem sido explorados em níveis insustentáveis no ano de 2015. 
Em terceiro lugar encontram-se as alterações climáticas. As emissões de gases de efeito estufa duplicaram desde 1980, o que causou o aumento da temperatura global em pelo menos 0,7 graus Celsius.



Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services (IPBES)

A poluição é também considerada um dos maiores impulsionadores da deterioração do planeta. 
O estudo concluiu que a poluição plástica multiplicou-se por dez desde 1980. As espécies exóticas invasoras apesar de se encontrarem no último lugar do top 5 seleccionado pelos investigadores, continua a ter consequências fortes para o meio ambiente. Desde 1970, as espécies aumentaram em 70%.
No que diz respeito aos animais, 47% dos mamíferos terrestres e 23% dos pássaros têm o seu habitat em risco devido à actividade humana.


Recife de coral no Mar Vermelho
© Emily Irving-Swift, 2018
EMILY IRVING-SWIFT
via Press Freedom

Os sistemas mais frágeis como os recifes de coral vão ser completamente devastados nos próximos anos, caso não se faça nada para inverter a situação.

“A saúde dos ecossistemas dos quais nós e todas as outras espécies dependem está a deteriorar-se mais rapidamente do que nunca. Estamos a erodir as próprias fundações das nossas economias, meios de subsistência, saúde e qualidade de vida em todo o mundo”

Robert Watsonpresidente da IPBES

O estudo tem mais de 1500 páginas e consolida as conclusões de mais de 15 mil corpos científicos e governos internacionais.





Splendid Leaf Frog, Ecuador. (19 January 2015)
credits: UNDP Ecuador

Describing nature’s decline as unprecedented and citing among many indicators, 1,000,000 species threatened with extinction, the Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services (IPBES) laid bare the threats to all life on earth in its Global Assessement Report, released at UNESCO headquarters, yesterday, Monday 6 May.

A hard-hitting report into the impact of humans on nature shows that nearly one million species risk becoming extinct within decades, while current efforts to conserve the earth’s resources will likely fail without radical action, UN biodiversity experts said.






On at-risk fauna and flora, the study asserts that human activities “threaten more species now than ever before” – a finding based on the fact that around 25 per cent of species in plant and animal groups are vulnerable.
This suggests that around one million species “already face extinction, many within decades, unless action is taken to reduce the intensity of drivers of biodiversity loss”.





Estudo ONU
créditos: Getty Images
via Observador/ Ambiente

“Following the adoption of this historic report, no one will be able to claim that they did not know,” (...) “We can no longer continue to destroy the diversity of life. This is our responsibility towards future generations.”

the Head of the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization

Without measures there will be a “further acceleration” in the global rate of species extinction, which is already “at least tens to hundreds of times higher, than it has averaged over the past 10 million years”, the report states.
It notes that despite many local efforts, including by indigenous peoples and local communities, by 2016, 559 of the 6,190 domesticated breeds of mammals used for food and agriculture were extinct – around nine per cent of the total - and at least 1,000 more are threatened.


credits:IPBES

“While more food, energy and materials than ever before are now being supplied to people in most places, this is increasingly at the expense of nature’s ability to provide such contributions in the future,” the report states, before adding that “the biosphere, upon which humanity as a whole depends…is declining faster than at any time in human history”.

Nature powers human endeavours – underpinning productivity, culture and even our beliefs and identities. But our economies, livelihoods, food security, health and quality of life worldwide are under threat. We are exploiting nature faster than it can replenish itself.

The report also examines five main drivers of “unprecedented” biodiversity and ecosystem change over the past 50 years, identifying them as: changes in land and sea use; direct exploitation of organisms; climate change, pollution, and invasion of alien species.

Read the Report: UN website here; UNESCO website here; IPBES here

Languages: English | Français




credits: Elyx

It's why youth of all the world is organizing environment protests. Wake-up!

Geração 'green'

07.05.2019

Creative Commons License

Sources: UN/ UNESCO/ IPBES

videos: ONU | Guardian/ Biodiversity

Thursday, December 07, 2017

:Semear Portugal por Via Aérea : um projecto de louvar






Semear Portugal por Via Aérea
créditos: Lusa/Nuno André Ferreira
https://www.publico.pt/2017/
O projeto Semear Portugal por Via Aérea arrancou ontem, dia 06 Dezembro em vários concelhos do distrito de Viseu, que foram afectados pelos incêndios deste verão.
Entre quarta e quinta-feira, um avião Dromader M-18, geralmente utilizado para combater incêndios florestais, ao serviço de vários concelhos do distrito de Viseu para lançar aquilo a que podemos chamar verdadeiras “bombas de sementes”.



Semear Portugal por Via Aérea
créditos: Lusa/Nuno André Ferreira
https://www.publico.pt/2017/
Milhares de sementes foram lançadas de avião, na manhã desta quarta-feira, numa iniciativa inédita em Portugal para a estabilização dos solos queimados pelos incêndios. 
No primeiro voo feito pela aeronave, um Dromader M-18 que descolou do aeródromo de Viseu, foram lançadas sementes de gramíneas e leguminosas (1 500 quilos) em terrenos no concelho de Mangualde.



Semear Portugal por Via Aérea
créditos: autor não identicado

Esta operação, denominada Semear Portugal por Via Aérea, é um projecto conjunto do movimento Replantar Portugal, da Take C’Air Crew Volunteers, da Quercus e da Avitrata. Tem como objectivo evitar a erosão dos solos das zonas afectadas pelos incêndios do verão.
Voluntários ligados à aviação civil e à ecologia vão reflorestar áreas queimadas íngremes de Mangualde, Gouveia, Oliveira do Hospital, Nelas, Tondela e Seia com recurso a avionetas, anunciou hoje a coordenadora do projecto Semear Portugal por Via Aérea.


Semear Portugal por Via Aérea
créditos: Lusa/Nuno André Ferreira
https://www.publico.pt/2017/
A aeronave está a descarregar milhares de sementes de gramíneas e leguminosas, oferecidas por duas empresas, numa área de cerca de 50 hectares. Ver video aqui

Quase 3.700 kg de sementes estão a ser lançadas de um avião para as zonas mais atingidas pelos incêndios.




Semear Portugal por Via Aérea
créditos: autor não identificado
https://beira.pt/portal/

“É a primeira vez na História de Portugal que se faz estabilização de emergência no ano em que aconteceram incêndios”

Os locais foram escolhidos pelos municípios envolvidos no projecto e visam sobretudo as encostas, que são sítios íngremes, de menor acesso e onde existe um maior risco de derrocadas.



Semear Portugal por Via Aérea
Lusa/Nuno André Ferreira

“Estamos a promover a flora e, associado a isso, estamos a ajudar a fauna. Não nos podemos esquecer que perdemos esta falta de coberto vegetal que poderá pôr em causa também a fauna associada, nomeadamente, as abelhas”
Sílvia Alves Ferreira, movimento cívico Replantar Portugal.



Semear Portugal por Via Aérea
créditos: Lusa/Nuno André Ferreira
https://www.publico.pt/2017/
After the tragic wildfires in Portugal last summer, a project named Semear Portugal por Via Aérea (Sowing Portugal by Aeroplanes) thousands of seeds were flown since Wenesday morning in an unprecedented initiative in Portugal to stabilize the soils burned by fires. 
In this first flight made by the aircraft, an M-18 Dromader that took off from the aerodrome of Viseu, seeds of grasses and legumes (1 500 kilos) were thrown on land in the municipality of Mangualde and other places on the center in Portugal.



Semear Portugal por Via Aérea
créditos: Autor não identifacado
Semear Portugal por Via Aérea made by volunteers is a co-projet Take C’Air Crew Volunteers, Quercus e da Avitrata

It's a wonderful project and we aplaude all the volunteers! Thank you so much for your care!

Geração Verde

07.12.2017


Creative Commons License

Saturday, April 15, 2017

MUNHAC : Exposição Reis da Europa Selvagem, nossos últimos carnívoros






Exposição Reis da Europa Selvagem
MUNHAC

A exposição está patente desde o dia 2 de Março 2017 e pretende dar a conhecer quatro grandes carnívoros europeus: o urso, o glutão, o lince e o lobo
De realçar o lince Ibérico, o felino mais ameaçado do mundo, e o lobo Ibérico cujas populações estão em perigo de extinção.


Lobo Ibérico
créditos: © Taiga nature & photo

Os carnívoros europeus são retratados nos seus habitats naturais, com o ambiente, alguma fauna e vegetação reproduzidos em detalhes realistas. 

Há vídeos e imagens projectadas e até um módulo de realidade aumentada, onde se pode "tocar" num urso. 

Há também dois modelos tridimensionais a representar os 'habitats' do lobo e do lince ibéricos, que existem em Portugal, mas que continuam em perigo.

A nova exposição Reis da Europa Selvagem inaugurada no Museu Nacional de História e da Ciência (MUHNAC), em Lisboa, desvenda a realidade de quatro grandes carnívoros do Velho Continente - o urso, o lince, o lobo e o glutão -, as ameaças que enfrentam e os esforços que estão a ser feitos para a sua conservação.

Ao longo de seis módulos, esta emblemática exposição permite contemplar exemplares naturalizados que estarão "imersos num cenário expositivo de imagens, sons e novas tecnologias que conduzem o público a uma viagem pelas áreas geográficas onde vivem estes animais e conhecer os seus habitats, biologia, organização social, hábitos alimentares, ameaças e projectos que promovem a sua conservação."





Lince--euro-asiático 
créditos: © H. Andrén

A exposição inicia-se com pegadas em painéis com os nomes científicos dos animais, não porque os carnívoros sejam assassinados e só possamos ver os seus rastos, mas porque as pegadas são uma forma de conhecer os seis protagonistas.

"Tudo está baseado nos mais recentes dados científicos sobre estas espécies", explica Cristiane Bastos-Silveira, curadora da colecção de mamíferos do MUHNAC e coorganizadora da exposição, com Francisco Petrucci-Fonseca, presidente do Grupo Lobo.

Tudo começou, aliás, por causa do lobo. No âmbito do projecto europeu Life Med-Wolf, o Grupo Lobo quis montar uma mostra para desfazer mitos e dar a conhecer ao grande público esta espécie ameaçada e mal compreendida. 

"Foi então que tivemos a ideia de alargar o âmbito da exposição e incluir outros três grandes carnívoros da Europa"

Cristiane Bastos-Silveira




Glutão/ Wolwerine
créditos: © A.Landa

Módulo a módulo, estas emblemáticas espécies vão-se revelando ao longo de três grandes salas do museu destinadas para esta exposição.

Para cada carnívoro há um BI com as principais características, o território que cada um ocupa na geografia europeia, número de animais que existem e os conflitos que se geram com as populações humanas.

Os lobos, por exemplo, são particularmente mal vistos por agricultores e pastores. 

Já os ursos e os glutões são mais vulneráveis à caça ilegal, enquanto os linces - o Europeu e o Ibérico, porque são duas espécies diferentes - estão sujeitos a envenenamentos intencionais e a atropelamentos. Há muitas estradas a cruzar os seus amplos territórios. 




Urso
créditos: © B.Kristiansson

Na exposição, há mapas com a distribuição das espécies nos vários países, fotografias e um espaço de reflexão com imagens “mais sensíveis”, como atropelamentos. 

No final da primeira sala, há painéis sobre as ameaças que estes carnívoros correm. E como podemos fazer alguma coisa? “Exercendo a cidadania”, diz Francisco Fonseca.

Factos, números e imagens mostram toda essa realidade, também através de vídeos que estão em exibição permanente.

Os esforços de conservação e os seus resultados, um módulo da realidade aumentada para entrar no mundo de um urso, e um cantinho infantil onde há livros com histórias e bonecos sobre as quatro espécies completam a mostra.

É na última parte da exposição que tudo se torna interactivo. Há pegadas coloridas no chão para seguir o rasto dos carnívoros. 




The wolverine, Gulo gulo is the largest land-dwelling species of the family Mustelidae (weasels)

Ah, falta o glutão: esse só vive na Escandinávia e é mais conhecido por wolverine. Os glutões que se assemelham a pequenos ursos-pardos com cauda, encontram-se nos países nórdicos, sendo o seu pelo cobiçado para o fabrico de casacos.

Mesmo à saída, para a qual se caminha seguindo rastos de pegadas de ursos e linces, glutões e lobos semeadas pelo chão, há uma colecção de provérbios europeus, e livros dedicados a estes animais que revelam o que eles são no imaginário colectivo europeu.

No final, é de observar as paredes. Têm nomes comuns das espécies em várias línguas e expressões populares que todos já ouvimos.

Algumas agora depreciativas, como “lobo em pele de cordeiro”. “Não queremos apagar estas histórias, mas queremos construir outras”, diz a curadora. 

Francisco Fonseca já ouviu histórias sobre uma boa coexistência entre lobos e humanos. Para os lados de Bragança, alguém lhe terá dito: “O lobo é o pastor do pastor. O lobo obriga o pastor a tomar cuidados e não deixa fugir o gado.” 

Quem quiser uma recordação vai poder tirar uma selfie num cenário virtual com os ursos da Cantábria, em Espanha. 

O cenário virtual irá mudar e serão incluídos outros animais naturalizados, tudo até Dezembro de 2019, ano em que terminará esta exposição.

Curiosidades:

Sabiam que o lobo é muito mais familiar do que imaginamos? Muitos de nós temos descendentes seus em nossas casas: os cães.
A domesticação decorreu ao longo de milhares de anos, culminando, após a selecção levada a cabo pelo Homem, nas mais de 350 raças caninas que hoje são reconhecidas. 
Talvez os lobos que deram origem a todos os nossos cães tenham sido adoptados como guardas; ou talvez tenham sido eles a adoptar os humanos, acompanhando-os em busca de alguns restos de comida. Certo é que um predador desde sempre temido e acossado acabou por dar origem ao nosso melhor amigo.  
Informações úteis:

Datas: 2 de Março 2017 a 31 Dezembro 2019.

Preços: Bilhete de família, 12,5€. 
Não vimos informações para visitas de escolas.




Kings of Wild Europe - our last large carnivores


This exhibition intends to give insight on the four European carnivores - bear, wolverine, lynx and wolf



Kings of Wild Europe - our last large carnivores
credits: © iStockphoto

It focuses on the Iberian lynx - the most threatened feline in the world and the Iberian wolf whose populations are highly threatened. 

If you teach in Lisbon or in Portugal you have may want organize a visit with your students.

If you are visiting Lisbon with your children, don't miss this exhibition at the Museum of Natural History and Science.

Information:

Dates: since 2 March 2017 until 31 December 2019.

Price: Ticket family 12,5€. 


Geração 'green' 

15.04.2017

Creative Commons License