Showing posts with label estudo científico. Show all posts
Showing posts with label estudo científico. Show all posts

Sunday, October 15, 2023

Habitats dos koalas sujeitos a ameaça elevada de incêndios florestais




credits: Getty Images


Aqui estamos de novo, depois de uma longa ausência. Mas, sempre que pudermos, continuaremos a publicar temas que nos chamem à atenção.  


Já algumas vezes escrevemos sobre o perigo dos incêndios nas florestas australianas para os koalas. Uma espécie muito fustigada, quase todos os anos pelos incêndios nas florestas da Autrália. Daí parecer.nos importante divulgar este estudo sobre o impacto das alterações climáticas para os koalas.


Segundo uma equipa de especialistas em Ecologia e modelação da distribuição de espécies que estudou o impacto que as alterações climáticas estão a ter nos riscos constantes de incêndios nas florestas, das quais os koalas dependem, descobriram um aumento significativo da susceptibilidade destes habitats aos incêndios florestais. 




credits: Melanie Mahoney/© IFAW

Através da criação de mapas de susceptibilidade aos incêndios para o presente ano e para o ano 2070, os investigadores conseguiram identificar a ameaça que os incêndios florestais representam para os koalas no presente e no futuro das alterações climáticas, encontraram resultados alarmantes.





 credit: Adobe stock - Media Credit


Actualmente, 39,56% do habitat dos koalas na Austrália é altamente susceptível aos incêndios florestais, mas a modelação prevê que este valor aumente para 44,61% em 2070. Estas percentagens reflectem também um aumento geral da susceptibilidade de toda a vegetação australiana aos incêndios florestais.


“Os incêndios florestais terão um impacto crescente nas populações de koalas no futuro. Se se pretende proteger este marsupial icónico e vulnerável, é necessário adaptar as estratégias de conservação para lidar com esta ameaça”, 

Farzin Shabani, autor principal da investigação





via The Australian

Para o Professor Assistente, que trabalha actualmente no Departamento de Ciências Biológicas e Ambientais da Universidade do Qatar, “é crucial encontrar um equilíbrio entre a garantia de que os habitats e as populações de koalas não sejam completamente destruídos pelo fogo e que a possibilidade de rejuvenescimento e regeneração das florestas através de queimadas periódicas.”


89,11% do habitat total dos koalas no Sul da Austrália deverá ter uma susceptibilidade ao fogo elevada ou muito elevada.





credits: ifaw


Os resultados da modelação com base nos estados mostram que a suscetibilidade ao fogo do habitat dos koalas aumentará mais na Austrália do Sul e em Queensland do que em outros estados. Até 2070, prevê-se que 89,11% do habitat total dos koalas no Sul da Austrália e 65,24% em Queensland tenham uma susceptibilidade ao fogo elevada ou muito elevada.

“Os koalas podem ainda ser capazes de sobreviver em áreas altamente suscetíveis a incêndios florestais se as suas fontes de alimento puderem também resistir às condições propensas ao fogo, e se os coalas puderem repovoar áreas anteriormente queimadas a partir de habitats vizinhos – mas esta tarefa está a tornar-se mais difícil devido à fragmentação do habitat e às áreas cada vez maiores que estão a ser queimadas”, diz o coautor da investigação, John Llewelyn, do Laboratório de Ecologia Global da Universidade de Flinders. Leia mais






credits: Getty Images


A study Habitat in flames: How climate change will affect fire risks across koala forests by a group of specialists in Ecology proves that "wildfires will increasingly impact koala populations in the future."
 

The koala is being considered for official listing as endangered after the summer’s bushfire disaster and ongoing habitat destruction on the east coast forced the government to reconsider its threat status.


The iconic species, which is currently listed as vulnerable under national environment laws, is among 28 animals that could have their threat status upgraded, Australia's federal environment minister, Susan Ley, said on Friday, September 25.




credits: Australian Museum


The greater glider, which had 30 percent of its habitat range affected by the bushfire crisis, is also being assessed to determine whether it should move from vulnerable to endangered, while several frog and fish species, including the Pugh’s frog and the Blue Mountains perch, are being considered for critically endangered listings.





credits: Loren Elliott/Reuters


An important aspect of Australia and its near surrounds is a heritage of unique endemic species, such as the koala (Phascolarctos cinereus). 





credits: unknown
via Google Images


The koala is highly specialized with extremely specific habitat and dietary needs. Its distribution has contracted since the Last Interglacial period (128-116k years), with further rapid contraction and population declines in the 230 years since European colonization.​ Moreover, it is projected that koala habitat will continue to decline due to climate change. Read more here 


It's so sad to know that! And the governments of all world don't change their programs 


Geração 'green'


15.10.2023



sources: ScienceDirect/ GreenSavers


Sunday, April 16, 2023

Pequeno mamífero arborílica Tupaia belangeri desafia cientistas !

  



Tupaia belangeri 
via Tusla Zoo / Twitter

No século XIX, o biólogo alemão Carl Bergmann estabeleceu que os organismos que vivem em latitudes maiores e mais frias, ou seja, mais perto de um dos dois polos da Terra, tendem a ser mais corpulentos do que os que se encontram mais próximos dos trópicos, para que consigam conservar mais calor.

Outra norma ecogeográfica bem estabelecida é o gigantismo insular, que dita que os animais que residem em ilhas são maiores do que os seus congéneres continentais.

Contudo, um pequeno mamífero arborícola nativo do sudeste asiático, o Tupaia belangeri, veio desafiar essas duas regras e lançar os cientistas num incessante estudo para compreender o que o torna único.




Tupaia belangeri
créditos: Yale Peabody Museum / Twitter

Analisando 839 espécimes de museu de T. belangeri adultos recolhidos ao longo dos últimos 130 anos, quer em regiões continentais, quer em ilhas, uma equipa de investigadores dos Estados Unidos e do Canadá descobriu que, contrariamente à regra de Bergmann, o tamanho desse animal era maior do que o esperado em territórios continentais mais quentes próximos do Equador.

Ainda assim, nas ilhas, essa norma mantém-se, e os Tupaia belangeri dessas áreas tendem a ter corpos maiores nas regiões mais frias, e menores nas zonas mais quentes. 

Isso levou os cientistas a afirmarem que a regra do gigantismo insular não é totalmente cumprida com este mamífero arborícola semelhante a um esquilo, pois nas ilhas só é maior em latitudes mais elevadas.

Resumindo, os Tupaia belangeri continentais são maiores nas regiões mais quentes e mais pequenos nas mais frias, e os Tupaia belangeri das ilhas são maiores nas zonas mais frias e mais pequenos nas zonas mais quentes. Apesar de essas diferenças poderem estar relacionadas com adaptações das populações às condições ambientais e ecológicas locais, os cientistas ainda não sabem ao certo qual é o mecanismo por detrás dessas variações.

“O nosso estudo destaca que o tamanho do corpo está relacionado com factores ecológicos dinâmicos e potencialmente interdependentes” 

Maya Juman,  University of Cambridge e principal autora do artigo que revela a descoberta, aludindo à relação entre as duas regras que são colocadas em causa pelo Tupaia belangeri.

Os cientistas dizem que é preciso reavaliar as regras ecológicas estabelecidas noutros tempos e olhar para elas no contexto das actuais alterações climáticas, que estão a fazer subir a temperatura a nível global, sim, mas que afectam de forma diferente, as várias regiões do planeta.






Tupaia belangeri


The northern treeshrew (Tupaia belangeri) is a treeshrew species native to Southeast Asia.


Northern tree shrews inhabit a variety of forest habitats. They live in tropical and subtropical areas, which are usually moist environments (IUCN, 2012). They have also been recorded in shrub lands and artificial plantations and rural gardens. IUCN (2012) reports 3 000 meters as the highest known elevation for tree shrew, recorded in China. 


Tree shrews inhabit areas about 25 degrees Celsius, with at least 45 to 50% humidity (Fuchs and Corbach-Sohle, 2009). (Fuchs and Corbach-Sohle, 2009; IUCN, 2012).





Tupaia belangeri
Kaeng Krachan NP
credits: Thai National Parks


Most recently scientists are studying the difference of rules of body size established by the biologist Carl Bergmann.


The principle was proposed by Carl Bergmann, a 19th-century German biologist, to account for an adaptive mechanism to conserve or to radiate body heat, depending on climate.


Two of the most-studied ecogeographical rules describe patterns of body size variation within species. Bergmann’s rule predicts that individuals have larger body sizes in colder climates (typically at higher latitudes), and the island rule predicts that island populations of small-bodied species average larger in size than their mainland counterparts (insular gigantism). Read more here


Interesting post for students who are in Biology area. 


Geração green


16.04.2023







Tuesday, June 21, 2016

O planeta Terra está mais verde, sabia ?






credits: Matt Cardy/Getty Images (?)
via Google Images

O planeta Terra está mais verde, sabia? O planeta Terra está mais verde do que estava há 33 anos devido aos efeitos da fertilização causada pela maior presença de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, é a conclusão de 32 investigadores de 24 instituições e de 8 países que trabalharam numa pesquisa publicada na revista Nature Climate Change.
A investigação conclui também que, desde 1982, a biomassa verde, essencialmente, as folhas das árvores e das plantas, cresceu cerca de 36 milhões de quilómetros quadrados, superfície equivalente a duas vezes os Estados Unidos, disse Zaichun Zhu, investigador da Universidade de Pequim e autor principal do estudo.  



créditos: autor não identificado
O aumento das folhas aconteceu em 40% das regiões do mundo de 1982 a 2015 e apenas 4% têm conhecido uma perda significativa de vegetação. As espécies vegetais são as que mais beneficiam de níveis elevados de gases tóxicos na atmosfera e os cientistas relacionam este crescimento com as grandes concentrações de dióxido de carbono (CO2) que é um fertilizante potente, do qual se desconhecia o efeito.
Será que a Terra tem a capacidade de se auto-reparar? Apesar das boas notícias, a resposta a esta pergunta é não. 

“O efeito fertilizante do dióxido de carbono vai diminuindo à medida que as plantas se aclimatam aos níveis de CO2 e este efeito também não compensa a perda de outros recursos para o crescimento das plantas, tais como a água ou os nutrientes. Além disso, o aumento de vegetação pode também alterar os ciclos da água e de carbono a nível global “ 
Josep Peñuelas, investigador no Centro de Pesquisa Ecológica e Aplicações Florestais da Universidade de Barcelona, co-autor
O estudo é baseado em dados recolhidos pelos instrumentos MODIS e AVHRR, sensores instalados em satélites da NASA e da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) ao longo dos últimos 33 anos.



créditos: autor não identificado
As imagens dos satélites mostram que entre 25 a 50% da superfície com vegetação no planeta ficou mais verde. 

“Com este estudo, podemos atribuir o ‘enverdecimento’ do planeta ao aumento dos níveis atmosféricos de CO2 provocado pelo consumo de combustíveis fósseis. Com mais dióxido de carbono, as plantas puderam gerar mais folhas graças ao processo de fotossíntese que captura o CO2 da atmosfera. Graças a este processo, a concentração de gases com efeito de estufa foi travada”.

Josep Peñuelas, El País
A combustão de petróleo, gás, carvão e madeira como forma de produzir energia liberta CO2 para a atmosfera e é o principal responsável pelas alterações climáticas. A quantidade de CO2 tem aumentado desde a era industrial e já atingiu um nível nunca visto há pelo menos meio milhão de anos.



Vista satélite de la Tierra por la manaña

creditos: no identifcación


El planeta se ha enverdecido desde 1982 en unos 36 millones de km2, una superficie parecida a dos veces la de Estados Unidos
La Tierra es ahora más verde que hace tres décadas. Y lo es gracias al poder de fertilización de la mayor cantidad de dióxido de carbono (CO2) que hay en la atmósfera

Esta es la principal conclusión de un estudio internacional en el que participan 32 investigadores de 24 instituciones de ocho países que publica la revista Nature Climate Change
La investigación ha detectado un ascenso significativo de la cantidad de biomasa verde –las hojas–, en el 40% de las regiones del planeta desde 1982 a 2015, mientras que sólo en un 4% se ha apreciado una pérdida significativa de vegetación.



creditos: Ranga B. Myneni, Universidad de Boston
Significa esto que la Tierra se está autorreparando? No. Los científicos son claros: 

«El efecto fertilizante del dióxido de carbono es menor a medida que las plantas van aclimatándose a este aumento o echan de menos otros recursos necesarios para su crecimiento como el agua o los nutrientes. Además, esta ganancia verde puede tener la capacidad de cambiar los ciclos del agua y del carbono a nivel global», advierte Josep Peñuelas, investigador del CSIC en el Centro de Investigación Ecológica y Aplicaciones Forestales y uno de los autores del estudio. Leer más aqui
Geração 'green'

21.06.2016

Creative Commons License

Referências:

Observador| Ciência
ABC| Sociedad