No dia 4 de Outubro, celebrou-se o Dia Mundial do Animal, uma celebração criada pelo escritor alemão Heinrich Zimmermann. Teve lugar, pela primeira vez, em 1925.
Mas por que razão escolhido dia 4 de Outubro? Trata-se do dia em que São Francisco de Assis nasceu. O santo padroeiro dos animais.
Então neste Dia Mundial do Animal, o Jardim Zoológico de Lisboa celebrou a data com a apresentação ao mundo de uma nova cria de órix-de-cimitarra, nascida no Zoo de Lisboa, no passado dia 24 de Agosto 2022.
Uma outra cria nascera em 2015, se bem se lembram. Também no Zoo de Lisboa, e igualmente linda! Que bom! Uma nova nasceu, agora em 2022.
Os progenitores já residiam no Zoo de Lisboa “há alguns anos, tendo sido transferidos de outros zoos europeus no âmbito do programa de reprodução”, sendo que o progenitor chegou do Zoo de Le Pal, em França, em 2013, e a progenitora do Zoo de Berlim, em 2006.
No entanto, ainda não se sabe ao certo o sexo da nova cria de órix-de-cimitarra “uma vez que não há contacto com a mesma”, apontando o Zoo que “neste momento a única preocupação é que cresça e se desenvolva ao lado da progenitora, tal como faria no seu habitat natural”.
Quanto ao que o futuro lhe reserva, isto é, se ficará em Lisboa ou se virás a ser transferida para outro Zoo, ainda não é conhecido que vai depender da "evolução do programa de conservação e das directrizes do coordenador”.
A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) atribui a essa espécie, originária das zonas áridas e desérticas do Norte de África, o estatuto de ‘extinto na Natureza’, que tem desde 2000, devido às ameaças da caça, da seca e da desertificação dos solos.
Contudo, o Zoo de Lisboa admite que, devido a programas de conservação e de reprodução “sob cuidado humano”, “actualmente já podemos observar animais no habitat natural”.
“A variabilidade genética é muito importante uma vez que confere uma maior diversidade de características aos indivíduos reintroduzidos o que em situações de alterações ambientais severas é determinante para a sobrevivência da espécie”,
Zoo de Lisboa
Haverá esperança de retirar o órix-de-cimitarra do estatuto de ‘extinto na Natureza’? Os especialistas argumentam que “apesar de existirem animais no habitat natural, a reversão do estatuto de conservação é mais complexa, uma vez que só se considera que uma espécie está de volta ao habitat natural quando verificamos uma reprodução até à terceira geração de animais, ou seja, os animais reintroduzidos têm de se reproduzir, assim como os seus filhos, netos e bisnetos”.
Contudo, há sinais de esperança para esta espécie, considerando que o programa de conservação “tem tido sucesso”, reconhecendo o Zoo, ainda assim, que “é muito moroso”.
As maiores dificuldades na recuperação desta espécie estão relacionadas com a “alteração comportamental das populações locais, sem as quais os programas não seriam de todo possíveis”.
O papel do Zoo de Lisboa na conservação do órix-de-cimitarra para pela promoção da reprodução destes animais, “formando manadas que estarão aptas para serem reintroduzidas em habitat natural, sempre que possível”.
“Por termos a espécie sob nosso cuidado, colaboramos também no campo da investigação para que se saiba cada vez mais sobre a espécie. Esse conhecimento é partilhado com os especialistas que trabalham no habitat natural para que possam inferir sobre as melhores medidas a levar a cabo. Ainda por termos a espécie no Zoo, sensibilizamos todos os que nos visitam para a importância de conservar os animais e os seus habitats”
Zoológico de Lisboa
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