Rato-das-neves, Portugal
créditos: Gonçalo Rosa
O rato-das-neves foi descoberto no âmbito de um trabalho fotográfico sobre mamíferos em Portugal. Só depois foi confirmada a sua existência, no Parque Natural de Montesinho, em Lama Grande, Bragança, por investigadores.
O rato-das-neves, uma espécie de ratinho exclusiva de zonas montanhosas cuja presença nunca tinha sido registada em Portugal.
O roedor foi detectado no verão do ano passado, pelo fotógrafo de vida selvagem Gonçalo Rosa, tendo sido depois capturado por investigadores.O primeiro registo da espécie para Portugal foi agora publicado na revista científica Italian Journal of Zoology por investigadores da UTAD e do Cibio.
A área de distribuição conhecida desta espécie estende-se do Turquemenistão até Espanha. Mas agora sabe-se que também ocorre em Portugal. O novo mamífero Chionomys nivalis
O rato-das-neves, uma espécie de ratinho exclusiva de zonas montanhosas cuja presença nunca tinha sido registada em Portugal.
O roedor foi detectado no verão do ano passado, pelo fotógrafo de vida selvagem Gonçalo Rosa, tendo sido depois capturado por investigadores.O primeiro registo da espécie para Portugal foi agora publicado na revista científica Italian Journal of Zoology por investigadores da UTAD e do Cibio.
A área de distribuição conhecida desta espécie estende-se do Turquemenistão até Espanha. Mas agora sabe-se que também ocorre em Portugal. O novo mamífero Chionomys nivalis
Dois indivíduos apareceram inesperadamente nas imagens da câmara de infravermelhos colocada debaixo de um bloco de granito a 1 300 metros altitude por Gonçalo Rosa que, não sabendo identificar a espécie a que pertenciam, as encaminhou para a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Os investigadores da UTAD concluíram não se estar perante nenhum dos 14 roedores identificados para o território nacional. Foram então para o campo em Outubro para ver ao vivo este animal inédito em Portugal e obter mais dados da sua presença.
Recorrendo a armadilhas e usando como isco maçãs e cenouras, conseguiram capturar um macho e uma fêmea que foram medidos, pesados, caracterizados morfologicamente e a quem foram retiradas amostras de tecido que foram enviadas para análise genética no CIBIO (Universidade do Porto).
“Capturámos dois animais, um macho adulto e uma fêmea juvenil”, disse Hélia Vale-Gonçalves.
“Fizemos medições, pesagens, tirámos amostras de tecido e observámos a coloração do pêlo”. Os animais foram libertados no mesmo local. Junto às armadilhas “encontrámos muitos indícios da presença do animal, como pequenos túneis na vegetação, muitas galerias, dejectos e vegetação cortada”, acrescentou ainda.
“Capturámos dois animais, um macho adulto e uma fêmea juvenil”, disse Hélia Vale-Gonçalves.
“Fizemos medições, pesagens, tirámos amostras de tecido e observámos a coloração do pêlo”. Os animais foram libertados no mesmo local. Junto às armadilhas “encontrámos muitos indícios da presença do animal, como pequenos túneis na vegetação, muitas galerias, dejectos e vegetação cortada”, acrescentou ainda.
Os resultados da análise de ADN confirmaram as suspeitas resultantes da análise morfológica de que se tratava de rato-das-neves, mas revelaram que se trata de uma população distinta daquelas que ocorrem no vizinho território de Sanabria, em Espanha.
Apesar de não haver outros registos da espécie a nível nacional, a investigadora da UTAD Hélia Vale-Gonçalves, especialista em micromamiferos (um grupo de mamíferos de pequenas dimensões que abrange roedores e insectívoros) suspeita que Montesinho pode não ser a única serra onde o rato-das-neves está presente.
Câmara armadilhada/ Gonçalo Rosa
créditos: Gonçalo Rosa
http://www.wilder.pt/
créditos: Gonçalo Rosa
http://www.wilder.pt/
A confirmação de que esta era a espécie Chionomys nivalis foi dada com base nas características morfológicas, biométricas e nas análises genéticas dos dois indivíduos capturados no Parque Natural de Montesinho, feitas no CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).
O seu habitat natural de terrenos abertos com algum mato em zonas montanhosas poderá também existir nas Serras do Gerês e da Estrela, podendo a espécie estar aqui presente mas ter passado despercebida.
É importante saber ao certo porque, apesar da espécie ter o estatuto de conservação “Pouco Preocupante” na Lista Vermelha da IUCN as fragmentadas populações são vulneráveis a alterações no habitat o que levou vários países europeus a incluí-la no Livro Vermelho, como é o caso de Espanha, onde é considerada quase ameaçada.
Os investigadores – que divulgaram na publicação cientifica “Italian Journal of Zoology" um artigo sobre a descoberta – indicam ainda que vão levar a cabo “censos regionais rigorosos da distribuição dos micromamíferos para a efetiva conservação desta espécie”.
Esta espécie tem como habitat terrenos razoavelmente abertos, com algum mato, carqueja e urze, acima dos 1 300 metros de altitude.
Os ratos-das-neves fazem tocas no chão ao pé de grandes pedras de granito e têm um território pequeno porque não precisam de procurar longe por alimento, essencialmente ervas.
Esta espécie tem como habitat terrenos razoavelmente abertos, com algum mato, carqueja e urze, acima dos 1 300 metros de altitude.
Os ratos-das-neves fazem tocas no chão ao pé de grandes pedras de granito e têm um território pequeno porque não precisam de procurar longe por alimento, essencialmente ervas.
Rato-das-neves, Portugal
snow vole, Montesinho, Portugal
créditos: Gonçalo Rosa
The European snow vole (Chionomys nivalis) is a microtine rodent with a highly fragmented distribution range, mostly associated with the main mountain systems from southern Europe to Turkmenistan.
Portuguese wildlife photographer, Gonçalo Rosa, discovered, by chance, the European snow vole (Chionomys nivalis) in the summer of 2014, in Montesinho, North of Portugal. This is the first record for this species in the country and was published in Italian Journal of Zoology on 2 November.
Portuguese wildlife photographer, Gonçalo Rosa, discovered, by chance, the European snow vole (Chionomys nivalis) in the summer of 2014, in Montesinho, North of Portugal. This is the first record for this species in the country and was published in Italian Journal of Zoology on 2 November.
Gonçalo didn’t know what he was looking at. Two little “strange” mice passing by, on a summer night in 2014, in a gorse and heather meadow in Montesinho mountain region, at 1 300 m. The infrared images recorded by a camera that he pecies to Portugal. “Everything happened by chance”.
Gonçalo sent his images to a team of biologists in UTAD Portugal. There was still a lot of work to do.
That same team of biologists travelled to Montesinho in OctoUniversity (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro). Soon enough they realized it was a new species of mammal no one had ever seen in the country.
Could it be a snow vole? There were no historic recor of it in Portugal. There was still a lot of work to do. Read more here
Geração 'green'
08.11.2015
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