Plásticos nos oceanos
Cinco estudantes da Universidade Nova de Lisboa estão a desenvolver um equipamento que, instalado em embarcações, filtra os microplásticos existentes nos oceanos, com o qual venceram um prémio de ideias de negócios e que pretendem comercializar.
O sistema, embutido no casco dos barcos, ao nível da linha de água, tem uma entrada de água que é filtrada, ficando os microplásticos retidos no filtro do equipamento, explicou à Lusa um dos representantes do projeto Clean Dynamics, Tiago Lamelas.
Segundo o responsável, após a filtragem a água passa por uma turbina, produzindo energia capaz de alimentar pequenos equipamentos, como sistemas de coordenadas geográficas ou de alarme.
Os microplásticos armazenados podem ser depois encaminhados para valorização energética ou reutilização como matéria-prima em indústrias.
A existência nos oceanos destes materiais, que resultam da degradação de objectos em plástico até uma proporção mínima, constitui um “perigo”, uma vez que são ingeridos pelos peixes, “que mais tarde vêm parar à nossa alimentação”, referiu Tiago Lamelas.
O equipamento, que deverá ter um preço entre 300 e 400 euros, pode ser adaptado e instalado em embarcações de diferentes tipos e tamanhos, desde pequenos veleiros a grandes petroleiros.
Ideias criativas para limpeza oceanos
Os cinco estudantes, entre os 23 e os 27 anos, iniciaram o projecto no âmbito de uma disciplina de empreendedorismo, estando agora a desenvolver o protótipo.
Para montar o negócio estimam precisar de 200 mil euros, os quais esperam vir a conseguir junto de grandes empresas das áreas energética e de transporte marítimo.
Recentemente, venceram o 2ª edição do concurso de ideias criAtividade, na categoria “Mar e Energias”, promovido pelo Sines Tecnopolo, estrutura sediada em Sines que funciona como incubadora de empresas e presta serviços de consultadoria e formação.
Para a equipa, a estadia de uma semana na Energy Excelerator, incubadora de empresas do Havai (Estados Unidos da América), vai ser “muito importante”.
No mesmo concurso, venceu, na categoria “Criar Futuro(s)”, o projecto EcoInCer, dos empreendedores Erika e Filipe Davim, de Aveiro, que visa a transformação das escórias resultantes da incineração do lixo urbano em matéria-prima para as indústrias da cerâmica e do vidro.
A dupla ganhou o direito a passar uma semana numa incubadora da rede europeia de apoio a empresas (Entreprise Europe Network) e aponta a Itália como destino preferencial, por ser “o motor da cerâmica mundial”.
Já com um protótipo e patente internacional registada, Filipe e Erika Davim, 33 e 35 anos, respectivamente, precisam de 300 a 800 mil euros, dependendo das infraestruturas e dos equipamentos que tenham de adquirir, para montarem a sua empresa, que poderá vir a criar perto de 15 postos de trabalho.
A valorização das escórias representa uma diminuição dos resíduos enviados para aterro sanitário, que é o seu destino actual, indicou à Lusa Filipe Davim.
A função da EcoInCer é tratar esses resíduos e transformá-los em matéria-prima, feita “à medida” dos clientes, que substitui materiais como areia, barro ou sílica, reduzindo a utilização de produtos naturais, alguns dos quais “em crescente escassez”, com a consequente “escalada do preço”.
Numa primeira fase, tencionam dirigir-se às empresas portuguesas, estando já algumas a testar os produtos, mas ambicionam também sub-licenciar a patente noutros países com indústrias cerâmica e vidreira fortes e não põem de parte a exportação.
marítimo.
Five students from the Universidade Nova de Lisboa are developing an equipment that can be installed in vessels, to filter the existing micro-plastics in the oceans. They won a prize of business ideas and looking to commercialize their ideas.
They won a award at 2ª edição do concurso de ideias criAtividade on the category "Sea and Energy". The prize is a specialization of one week at Energy Excelerator, in Hawai (United States).
In the same competition, two other students from Aveiro (Portugal) Erika and Philip Davim won in the category "Create the Future(s) which aims the transformation of the cinders resulting from the incineration of the trash into raw materials for industries ceramic and glass.
Their prize is a specialization (one week) at one of the incubators of European business support network (Enterprise Europe Network). They point to Italy as a preferred destination because it is "the engine of the global ceramic".
In the same competition, two other students from Aveiro (Portugal) Erika and Philip Davim won in the category "Create the Future(s) which aims the transformation of the cinders resulting from the incineration of the trash into raw materials for industries ceramic and glass.
Their prize is a specialization (one week) at one of the incubators of European business support network (Enterprise Europe Network). They point to Italy as a preferred destination because it is "the engine of the global ceramic".
É com orgulho que vemos jovens portugueses cheios de ideias a ser premiados, com mérito reconhecido na pesquisa de protecção do nosso planeta.
Geração 'green'
06.05.2014
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