Saturday, September 29, 2012

Serras de Valongo : Património Natural a descobrir





Serras de Valongo | Portugal
créditos: Jorge Nunes

http://naturlink.pt/

Junto à cidade de Valongo e bem perto do Porto, entre cerros e vales alcantilados, erguem-se as “serra de Valongo”, lugar ermo de aldeias esquecidas, onde a natureza logrou contornar a acção destruidora do Homem, ocultando nas covas mais profundas ou nas cristas mais desérticas, animais magníficos e plantas raras e únicas.

As “serras de Valongo” são constituídas por uma série de elevações formadas essencialmente por cristas de rochas quartzíticas que correspondem a uma dobra anticlinal, tombada para ocidente – Santa Justa (367 m), Pias (385 m) e Castiçal (324 m) – dão corpo a um maciço montanhoso de grande valor natural e paisagístico. 



(...)

O valor ecológico deste espaço montanhoso encontra-se salvaguardado pela sua inserção na rede europeia do Projecto Biótopos CORINE, pela criação, nas serras de Santa Justa e Pias, do Parque Paleozóico de Valongo (PPV).
O PPV é a face mais visível da implementação de dois Projecto LIFE, envolvendo a Câmara Municipal de Valongo, como entidade promotora, e a Faculdade de Ciências do Porto, através dos seus departamentos de Geologia, Zoologia, e Botânica, e o FAPAS como entidades colaboradoras.






Plantas carnívoras | Serras de Valongo
créditos: Jorge Nunes
http://naturlink.pt/

Das várias espécies de plantas carnívoras que vegetam na área deste maciço montanhoso, a maioria é característica das zonas húmidas ou pantanosas, como acontece com as orvalhinhas (Drosera rotundifolia e Drosera intermédia) e a pinguícola-lusitânica (Pinguicula lusitanica), espécie que costuma surgir associada às orvalhinhas, uma vez que possui as mesmas exigências ecológicas. 

Porém, nas charnecas secas e xistosas sobranceiras ao vale de Couce, é possível encontrar ainda uma outra espécie de planta-carnívora, esta bem mais rara e altamente ameaçada: o pinheiro-baboso (Drosophyllum lusitanicum).

Trata-se de um endemismo ibero-marroquino de distribuição altamente localizada em Portugal. Possui folhas verdes alongadas cobertas por pêlos glandulosos vermelhos, recobertos por mucilagem. 






 Trilobites | Serras de Valongo
créditos: Jorge Nunes
Ao percorrer as serras de Valongo é possível fazer uma “viagem no tempo”, observando cerca de 300 milhões de anos da história geológica do nosso planeta, uma vez que a sucessão estratigráfica permite aos visitantes pisar terrenos formados desde o Précâmbrico/Câmbrico (com aproximadamente 570 milhões de anos) até ao Carbonífero (com cerca de 280 milhões de anos). 
Nesta viagem ao passado da história geológica da região, merecem especial atenção as jazidas fossilíferas, que serviram de mote à criação do Parque Paleozóico de Valongo
A ler o artigo completo aqui




Paleozoic Park

A natural heritage Valongo mountains, near Porto, Portugal. The ecological value of this mountains area is safeguarded by its insertion into the European CORINE.

Geração 'green'

29.09.2012

Creative Commons License


Thursday, September 13, 2012

SOS Lobo Ibérico ! Vamos apoiar !







Lobo Teixo
créditos: Sara Loureiro





Lobo Ibérico, Portugal
lobo Minho


Pois é! Tempo de férias terminou. Eis-nos de volta aos estudos. Embora não tenhamos muito tempo, não queríamos deixar de participar na Campanha Nacional e Internacional sobre o Lobo Ibérico.


As nossas turmas trabalharam em 2007 com este projecto quando o Grupo Lobo  abriu um Concurso de escrita criativa e desenho para alunos entre os 10-12 anos subordinado ao tema O Lobo e o Natal. E nós participámos.


Os Participantes de O Lobo e o Natal foram vários. Alunos de três turmas empenharam-se. E houve três premiadas! E três 3ºs prémios: 


A Ana e a Eliane (5G) e a Ana Sofia (5H). A Ana Sofia até teve direito a uma visita de fim-de-semana ao centro. E adorou!






Faia / Lobo Ibérico
créditos: Sofia Loureiro



Mas falemos então do que se está a passar...


Em 2013, o Centro de Recuperação do Lobo Ibérico de Mafra pode já não existir. Este projecto único está em risco de perder a sua "casa", tal como acontece aos animais que procura recuperar.


O espaço ocupado pelo Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (CRLI), descrito como a "Cova" por Francisco Fonseca, presidente do Grupo Lobo - Associação para a Conservação do Lobo Ibérico e do seu Ecossistema - não se diferencia muito da forma das tocas dos lobos, a não ser nas suas proporções. O terreno foi cedido por um cidadão inglês que na altura vivia no local.


Ao longo de 25 anos, este centro situado no Gradil, Mafra, já deu abrigo a "dezenas de animais". "Alguns chegaram em muito mau estado, quer físico, quer mesmo comportamental", como descreve Francisco Fonseca.


Neste momento, vivem em cativeiro oito lobos, quatro dos quais nasceram no centro. Os restantes provêm de situações de cativeiro ilegal em Portugal e Espanha. Sabor, Faia, Soajo, são alguns dos nomes dos lobos portugueses 
do Centro.






Lobo Ibérico, Portugal
lobo Minho


O lobo Minho nasceu em 2005, em Espanha. Apesar de ter nascido em liberdade, este lobo foi resgatado de cativeiro ilegal. Chegou ao CRLI em 2005 (ano do seu nascimento), proveniente de um centro de recuperação em Espanha. É um lobo tímido, mas muito curioso com tudo o que o rodeia.


O terreno, que nos anos 70 era uma quinta agrícola, está hoje coberto de sobreiros, carvalhos, azinheiras e tem alguns edifícios de apoio ao centro. "É tudo trabalho dos voluntários", acrescenta o presidente do Grupo Lobo.


Joana Pereira, 20 anos, é uma das voluntárias do CRLI. Estuda Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, mas este Verão decidiu fazer trabalho de voluntariado no Centro durante 15 dias das suas férias.



A melhor experiência que já teve no CRLI foi "ver a Faia e as suas três crias a alimentarem-se. Foi mesmo engraçado" - disse Joana.



O Grupo Lobo surgiu em 1985 pela paixão e preocupação de um grupo de amigos para com esta espécie. "Em 1987, nós (Grupo Lobo) sabíamos que ia sair uma nova lei proibindo ter lobos em cativeiro - conta Francisco Fonseca. "Mas também sabíamos que no nosso país sempre houve lobos em cativeiro e caso não houvesse um sítio para eles irem, acabariam por ser abatidos." O centro do Gradil foi a resposta do grupo para esta lei, pois "era necessário um local para dar um bom resto de vida a estes animais."





Logótipo Grupo Lobo


Agora, passados 25 anos, os lobos correm o risco de ser "despejados" da sua segunda casa. Nestas duas décadas e meia, os terrenos foram cedidos sem qualquer custo. Porém, no início deste ano, o proprietário actual comunicou aos responsáveis do projecto que teriam de sair se não comprassem o terreno.


O Grupo Lobo tem apelado aos sócios, "pais adoptivos", amigos e simpatizantes para que, todos juntos, possamos continuar o desenvolvimento do projecto Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (CRLI). E a campanha tem decorrido com muito sucesso e imensos apoios.






Lobo Ibérico
créditos: Joo Ho Lim


O Grupo Lobo apela a todos no sentido de contribuírem, na medida da disponibilidade de cada um, para a compra destes terrenos tão importantes para o projecto. Qualquer donativo, por pequeno que seja, pode fazer a diferença, todos juntos, podemos fazer com que o Centro continue por muitos mais anos a contribuir para a conservação do lobo, o último grande predador da fauna portuguesa. E a campanha tem decorrido com muito sucesso e imensos apoios. 


Para tentar manter a "Cova", o Grupo Lobo lançou no final de Jullho, uma "campanha de angariação de fundos" através de uma plataforma online, onde tenta obter 206.000 euros até 28 de Setembro.


Nas redes sociais vários músicos portugueses se pronunciaram para manter a "casa" do Lobo Ibérico. David Fonseca, Moonspell, Ana Bacalhau, Uxu Kalhus, entre outros, já manifestaram o apoio à causa
.


As pessoas têm aderido muito a esta causa, mas ainda não é suficiente. E o prazo acordado está a terminar.








A Professora GSouto, currículos Língua Portuguesa e Cidadania fez-nos o apelo no nosso blog curricular de Língua Portuguesa, durante as férias.


E aqui estamos no nosso Blog Verde a apoiar este projecto que tão bem recebeu os nossos trabalhos. Basta para isso contribuir "adoptando" um lobo.


Já pensou como seria interessante ter um "lobo adoptado" no Centro do Grupo Lobo? Seria responsável por ele, tal como é responsável pelo seu cão ou gato que tem em casa, mas de maneira diferente.


Devemos ser solidários com os animais. São eles que protegem o ecossistema. Mais! Neste caso, não podemos esquecer que o Lobo Ibérico é uma espécie em vias de extinção, e de origem portuguesa.


Vá lá! Vamos todos passar a palavra a amigos e familiares até ao próximo dia 28 Setembro! 

Nas redes sociais, poderemos fazê-lo através das nossas páginas pessoais ou então fazendo um "Gosto/ Like" na página Facebook do Grupo Lobo.



Grupo Lobo


Don’t let our wolves become homeless was a campaign to raise money to buy the 17-hectare site on which the Iberian Wolf Recovery Center (IWRC) has stood for the last 25 years. 


Today, the survival of the Center is at risk and depends entirely on the purchase of this land. "If we don't reach the necessary target, we risk having to find another site to start all over again."






Iberian wolf Portugal
credits: CM Mafra
https://www.cm-mafra.pt/


Your contribution is critical for the continuation of this project. By having your support we can provide rescued wolves with a safe and natural habitat and create a new future for this fascinating predator. Please help until September 28, 2012

We are already supporting by helping to spread awareness about this cause. But we are sure that we will all support even more and do our best so that our friends, Iberian Wolves, continue to be protected in their den.


Nós já estamos a apoiar ao ajudar a divulgar esta causa. Mas temos a certeza que todos vamos apoiar mais ainda e fazer o nosso melhor para que os nossos amigos, os Lobos Ibéricos, continuem a ser protegidos na sua cova.


Geração 'green'

13.09.2012

updated 06.10.2024

Creative Commons License