Tuesday, June 21, 2016

O planeta Terra está mais verde, sabia ?






credits: Matt Cardy/Getty Images (?)
via Google Images

O planeta Terra está mais verde, sabia? O planeta Terra está mais verde do que estava há 33 anos devido aos efeitos da fertilização causada pela maior presença de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, é a conclusão de 32 investigadores de 24 instituições e de 8 países que trabalharam numa pesquisa publicada na revista Nature Climate Change.
A investigação conclui também que, desde 1982, a biomassa verde, essencialmente, as folhas das árvores e das plantas, cresceu cerca de 36 milhões de quilómetros quadrados, superfície equivalente a duas vezes os Estados Unidos, disse Zaichun Zhu, investigador da Universidade de Pequim e autor principal do estudo.  



créditos: autor não identificado
O aumento das folhas aconteceu em 40% das regiões do mundo de 1982 a 2015 e apenas 4% têm conhecido uma perda significativa de vegetação. As espécies vegetais são as que mais beneficiam de níveis elevados de gases tóxicos na atmosfera e os cientistas relacionam este crescimento com as grandes concentrações de dióxido de carbono (CO2) que é um fertilizante potente, do qual se desconhecia o efeito.
Será que a Terra tem a capacidade de se auto-reparar? Apesar das boas notícias, a resposta a esta pergunta é não. 

“O efeito fertilizante do dióxido de carbono vai diminuindo à medida que as plantas se aclimatam aos níveis de CO2 e este efeito também não compensa a perda de outros recursos para o crescimento das plantas, tais como a água ou os nutrientes. Além disso, o aumento de vegetação pode também alterar os ciclos da água e de carbono a nível global “ 
Josep Peñuelas, investigador no Centro de Pesquisa Ecológica e Aplicações Florestais da Universidade de Barcelona, co-autor
O estudo é baseado em dados recolhidos pelos instrumentos MODIS e AVHRR, sensores instalados em satélites da NASA e da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) ao longo dos últimos 33 anos.



créditos: autor não identificado
As imagens dos satélites mostram que entre 25 a 50% da superfície com vegetação no planeta ficou mais verde. 

“Com este estudo, podemos atribuir o ‘enverdecimento’ do planeta ao aumento dos níveis atmosféricos de CO2 provocado pelo consumo de combustíveis fósseis. Com mais dióxido de carbono, as plantas puderam gerar mais folhas graças ao processo de fotossíntese que captura o CO2 da atmosfera. Graças a este processo, a concentração de gases com efeito de estufa foi travada”.

Josep Peñuelas, El País
A combustão de petróleo, gás, carvão e madeira como forma de produzir energia liberta CO2 para a atmosfera e é o principal responsável pelas alterações climáticas. A quantidade de CO2 tem aumentado desde a era industrial e já atingiu um nível nunca visto há pelo menos meio milhão de anos.



Vista satélite de la Tierra por la manaña

creditos: no identifcación


El planeta se ha enverdecido desde 1982 en unos 36 millones de km2, una superficie parecida a dos veces la de Estados Unidos
La Tierra es ahora más verde que hace tres décadas. Y lo es gracias al poder de fertilización de la mayor cantidad de dióxido de carbono (CO2) que hay en la atmósfera

Esta es la principal conclusión de un estudio internacional en el que participan 32 investigadores de 24 instituciones de ocho países que publica la revista Nature Climate Change
La investigación ha detectado un ascenso significativo de la cantidad de biomasa verde –las hojas–, en el 40% de las regiones del planeta desde 1982 a 2015, mientras que sólo en un 4% se ha apreciado una pérdida significativa de vegetación.



creditos: Ranga B. Myneni, Universidad de Boston
Significa esto que la Tierra se está autorreparando? No. Los científicos son claros: 

«El efecto fertilizante del dióxido de carbono es menor a medida que las plantas van aclimatándose a este aumento o echan de menos otros recursos necesarios para su crecimiento como el agua o los nutrientes. Además, esta ganancia verde puede tener la capacidad de cambiar los ciclos del agua y del carbono a nivel global», advierte Josep Peñuelas, investigador del CSIC en el Centro de Investigación Ecológica y Aplicaciones Forestales y uno de los autores del estudio. Leer más aqui
Geração 'green'

21.06.2016

Creative Commons License

Referências:

Observador| Ciência
ABC| Sociedad


Thursday, June 09, 2016

Phoebe Snetsinger : A ornitóloga que documentou mais de 8 300 pássaros !






Phoebe Snetsinger
créditos: JC
Photo: Joe Ciardello

Hoje, dia 9 de Junho, Phoebe Snetsinger, ornitologista norte-americana é homenageada na página principal de Google com um Doodle interactivo rodeada de cinco pássaros, incluindo a toutinegra preta e a vanga de rabo vermelho (o 'G' e o 'o'), duas das espécies que Phoebe observou.




Google Doodle 85º Aniversário Phoebe Snetsinger
doodler: Juliana Chen

A ornitologista norte-americana que completaria neste dia 85 anos, morreu no dia 23 de Novembro de 1999, vítima de um acidente de viação em Madagáscar.

Licenciada em Letras, Germânicas, viajava, tendi observado mais de 8 mil espécies. Tornou-se no ser humano que mais aves observou no mundo desde sempre.




Phoebe Snetsinger
credits: america.pink
http://static.independent.co.uk/

Ao longo de anos, Snetsinger percorreu o mundo, e encontrou nos pássaros a felicidade, sobretudo quando a doença surgiu, em 1981, numa altura em que a comunidade de observação de aves era dominada pelos homens. Mas este facto não impediu Snetsinger de avançar.

Seu sonho antigo foi para Phoebe Snetsinger uma forma de lidar com a doença que a acometeu.



Toutinegra
credits: Paul Hurtado/ Flickr

A norte-americana teve a infelicidade de ser diagnosticada com um cancro terminal quando tinha 50 anos de idade (1981) mas decidiu não ficar em casa em repouso consoante as indicações médicas e sim abraçar um sonho antigo. A ornitologia, isto é, a observação das aves.

Esta decisão alterou o rumo da doença pois depois de uma primeira viagem ao Alaska para a observação dos pássaros, a sua doença estabilizou.





credits: Stephen Brigham


Deixou um livro de memórias publicado depois da sua morte (2003) pela American Birding Association (ABA), sendo considerado um livro de emoções fortes pela forma como a ornitologia se tornou num hobby que lhe permitiu abstrair-se o mais possível da doença diagnosticada.

"De acordo com a American Birding Association, estima-se que existam cerca de 10 mil espécies de aves. A esmagadora maioria deles foram documentados por Phoebe Snetsinger."

Numa área povoada de homens, um dos antecessores foi Jean-Jacques Audubon, Snetsinger foi a primeira mulher ornitóloga que documentou um tão grande número de pássaros.




Google Doodle 85º Aniversário de Phoebe Sneitsinger
Sketches of birds both featured and considered for the doodle 
doodler: Juliana Chen

Today, Google Doodle celebrates the courage of Phoebe Setsigner, and the beauty of life, however hidden it may be.

The Doodle celebrates what would be Snetsigner’s 85th birthday with five birds, including the Blackburnian Warbler and Red-Shouldered Vanga (as the ‘G’ and the ‘o’), both among those she sighted.




Phoebe Snetsinger
credits: unknown
via Facebook


Phoebe Snetsinger was the woman who made her life’s work of documenting more than 8,300 bird species - the first person to do so.

Sometimes it takes dire circumstances to compel us toward action. Phoebe Snetsinger, who would have been 85 years old today, became the world’s most prolific bird-watcher — a feat she achieved by surmounting tremendous odds.





Phoebe Snetsinger & Ted
credits: MB-Stowe

It wasn’t until 1981 — when she was diagnosed with cancer — that Phoebe truly came into her own as a birder. 

In subsequent years, she scoured the globe for obscure or unknown bird species, ultimately raising her bird count to 8,393, the highest in the world at the time. Some of the notable birds she sighted include the Blackburnian Warbler and the Red-Shouldered Vanga, depicted among many other interesting birds by doodler Juliana Chen.





Birding on Borrowed Time
Phoebe Snetsinger

Phoebe Snetsinger, the author of her memoir “Birding on Borrowed Time”, when she was told she had a “fatal” melanoma and she had less than a year to live, of setting out to see the world.

Her first tour after the diagnosis was in Alaska. She then traveled across all seven continents, aided by her late father’s inheritance, to document the world’s birds. During a three-week trip in Kenya, she saw 500 different bird species.

She died in 1999 when her van crashed during a trip to Madagascar.





In 1981, the bird-watching community was male-dominated. Remembering Jean-Jacques Audubon (1785-1851) one of the first birder male.
''She gave so much to the birding world and had so much more left to give,'' said G. Stuart Keith, the birding association's first president.
NYT
Geração 'green'

09.06.2016

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Referências/ References:
Google | The Independent

Sunday, June 05, 2016

Dia Mundial do Ambiente : Tolerância Zero Tráfico Animais





Elefante africano

Assinala-se hoje, 5 de Junho, o Dia Mundial do Ambiente. O Dia Mundial do Ambiente celebra-se desde 1974 e desenvolveu-se em torno de uma "uma plataforma para a sensibilização de tomada de acção relativamente a assuntos cada vez mais urgentes, desde a poluição marinha ao aquecimento global, passando pelo consumo sustentável e o crime contra a vida selvagem." 
Milhões de pessoas em todo o mundo sentiram-se motivadas a agir pelo "dia das pessoas" e unem cada vez mais as suas actividades num movimento global, através do website em constante expansão do DMA e das redes sociais.
Promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente, o tema 2016 é:  Go Wild for Life - Lutar pela Vida Selvagem - Comércio Ilegal da Fauna e da Flora Selvagens’ que visa sensibilizar para a problemática da caça furtiva e comércio ilegal de espécies em extinção, bem como a necessidade de um compromisso político à escala global com vista à protecção da vida selvagem.
O crescente tráfico ilegal de produtos de vida selvagem está a destruir a rica biodiversidade do planeta Terra, roubando a nossa herança natural e levando espécies inteiras ao perigo de extinção. 
"A matança e o tráfico ilegal também estão a minar economias e ecossistemas, alimentando o crime organizado, bem como a corrupção e insegurança em todo o mundo."



Tartaruga marinha

O crime contra a vida selvagem põe em perigo os icónicos elefantes, rinocerontes, tigres, gorilas e tartarugas marinhas. Em 2011, uma subespécie do rinoceronte-de-java extinguiu-se no Vietname, e os últimos rinocerontes negros ocidentais desapareceram dos Camarões no mesmo ano. Os grandes primatas desapareceram da Gâmbia, do Burkina Faso, do Benim e do Togo, e outros países seguir-se-ão em breve.
Vítimas menos conhecidas incluem o calau-de-capacete e o pangolim, bem como as orquídeas selvagens e madeiras como o pau-rosa - as flores e madeira também são consideradas vida selvagem! Apesar das campanhas de sensibilização e protecção, muitas espécies continuam em risco e será necessário um esforço dedicado e sustentado por parte de cada um de nós para inverter esta tendência.

O tema do DMMA deste ano - Selvagem pela Vida - incentiva as pessoas a celebrarem todas as espécies ameçadas e a agirem por sua conta para ajudar a protegê-las para as gerações futuras. Pode ter a ver com animais ou plantas ameaçadas na sua área local ou a nível nacional ou global - muitas extinções locais acabarão por se traduzir numa extinção global! Quem quer que seja, e onde quer que viva, mostre tolerância zero em relação ao tráfico ilegal de vida selvagem com uma palavra ou ação, e faça a diferença.
Angola foi o país nomeado para sede oficial das celebrações do Dia Mundial do Ambiente, em 2016. 



Dia Ambiente 2016
Elefantes

Um dos motivos que levaram à escolha deste país foi o conjunto de acções tomadas para conservar e aumentar a população de elefantes.
Angola tem grandes riquezas ambientais, como uma costa intocada e florestas e prados. A vida selvagem do país inclui leões, grandes primatas e a palanca-negra-gigante, uma espécie ameaçada que se encontra apenas em Angola e que foi considerada ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza. 
Espera-se que o Grande Censo de Elefantes revele os resultados do estudo de Angola nos próximos meses. 


Papagaio-cinza
As aves incluem o Papagaio-Cinzento africano, cujo declínio em todo o continente se atribui à caça ilegal para serem comercializados como animais de estimação.
APA – Agência Portuguesa do Ambiente associa-se às celebrações desta efeméride, desenvolvendo vários eventos, por iniciativa própria ou em cooperação com diversas entidades públicas e da sociedade civil.
World Environment Day (WED) is the United Nations’ most important day for encouraging worldwide awareness and action for the protection of our environment. Since it began in 1974, it has grown to become a global platform for public outreach that is widely celebrated in over 100 countries.
Above all, WED serves as the ‘people’s day’ for doing something to take care of the Earth or become an agent of change. That ‘something’ can be focused locally, nationally or globally; it can be a solo action or involve a crowd – everyone is free to choose.



Ape
Each WED is organized around a theme that focuses attention on a particularly pressing environmental concern. WED 2016 is themed on the illegal trade in wildlife under the slogan Go Wild for Life'

The logo and other materials are available for download here.
Every WED has a different global host country, where the official celebrations take place. WED highlights the environmental challenges facing that country, and supports the effort to address them. This year’s host is Angola. Read more here

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Geração 'green'


05.06.2016


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