Sunday, July 28, 2024

'Sauvons le Bambi' ! Um projecto lindo ! Nos campos belgas, missão para "salvar Bambi" !

 




Associação "Salvem o Bambi", depois salva o bambi nos prados de Mehaigne
AFP/John Thys

Em partes do campo belga, um amante dos animais assumiu a missão de retirar da frente das ceifeiras as crias de veados demasiado pequenas para saírem do seu caminho.


O drone de Cedric Petit sobrevoa o campo de uma quinta na Bélgica. De repente, um ponto branco no ecrã sinaliza a presença de uma pequena cria de veado escondida na vegetação, que em breve será salva de um destino macabro.




crédits:  © sauvonsbambi


Há qutro anos, Petit, amante da vida selvagem, fundou o grupo Salvem o Bambi / Sauvez le Bambi com uma missão simples: ajudar os agricultores a evitar a terrível surpresa de encontrar o cadáver de um minúsculo mamífero preso nas rodas de um travtor ou nas lâminas de uma ceifeira.


O naturalista e os seus amigos voluntários costumam ser chamados pelos agricultores antes da colheita e, usando drones equipados com câmaras e sensores de calor, localizam os mamíferos perdidos e transportam-nos para uma floresta próxima.





crédit: sauvonsbambi

“Os acidentes acontecem cada vez mais, é por isso que aqui estamos”, explica Petit após um resgate matinal em Eghezee, no centro da Bélgica.


“Com um clima imprevisível devido à mudança climática, o cultivo ocorre durante todo o ano e as colheitas começam cada vez mais cedo, mesmo entre o final de Abril e o final de Junho, que é o período de nascimento dos cervos”, explica.


A sua organização, que opera na Bélgica e n país vizinho, o Luxemburgo, afirma ter resgatado 834 crias no ano passado, e 353 no ano anterior.





crédit: sauvonsbambi


O trabalho de Petit, 40 anos, segue o exemplo da Alemanha e da Suíça, onde grandes redes de voluntários realizam milhares de resgates todos os anos em grandes áreas de cultivo.


A organização de resgate por si criada conta com cerca de 80 pilotos de drones que dedicam o seu tempo livre durante as seis semanas mais críticas do ano.






Un faon sauvé par l'association "Sauvons Bambi",

 près de Namur, dans le centre de la Belgique, le 24 juin 2024

 © / afp.com/JOHN THYS


Le Belge Cédric Petit, 40 ans, amoureux de la nature, a fondé il y a quatre ans l'association Sauvons Bambi, qui permet aux agriculteurs de s'épargner la mauvaise expérience de broyer un petit mammifère ou un volatile en pleine nidification avec un engin agricole.


Les accidents arrivent de plus en plus, c'est pour ça qu'on est là, dit Cédric Petit, intervenu sur les terres d'un exploitant d'Eghezée, près de Namur (centre de la Belgique). Ce dernier cultive notamment du fourrage pour le bétail.

"Avec le dérèglement climatique et la météo capricieuse, l'herbe pousse un peu tout le temps et on fauche de plus en plus tôt dans l'année, y compris entre fin avril et fin juin pendant la période de naissance des faons", poursuit-il.




crédit: sauvonsbambi

Ils sont quasiment impossibles à repérer à l'œil nu. Les premiers jours de leur vie, les faons se cachent dans les hautes herbes. Même face au danger, ils ne bougent pas. Résultat : au moment du fauchage, les agriculteurs passent dessus avec leurs machines agricoles sans même s'en rendre compte. Jusqu'à présent, le repérage consistait à parcourir les champs à pieds. Une opération très longue à effectuer et qui manque d'efficacité. Car même situé à un mètre de distance, le faon est souvent invisible à l'œil nu.




crédit: sauvonsbambi


Son association revendique le sauvetage de 834 faons en 2023 (contre 353 l'année précédente) sur les territoires de la Belgique et du Luxembourg, où elle est également active.

C'est moins qu'en Allemagne ou en Suisse, où les animaux sauvés se comptent en milliers grâce à un plus gros réseau de bénévoles permettant de survoler davantage de prairies.




Cédric Petit, fondateur de l'association

Sauvons Bambi,

utilise un drone pour repérer les faons près de Namur, dans le centre de la Belgique, le 24 juin 2024

 

                                      crédit: © / afp.com/JOHN THYS



Des solutions technologiques existent pour éviter ces destructions: des passionnés de nature se sont regroupés pour investir dans un matériel de détection thermique. 


Comme vous pourrez le voir dans les différents reportages TV, un drone équipé d’une caméra thermique et une autre de jour permet de détecter des nids, des oiseaux qui couvent, des levrauts et des faons de chevreuil qui sont blottis dans les hautes herbes. 


En Suisse, plusieurs fondations ont vu le jour ces dernières années et plus de 4 000 faons sont sauvés chaque année grâce aux drones. Pour vous donner une idée précise, sur 27.000 hectares de prairies survolées, 3 033 faons ont été sauvé cette année en Suisse Allemande avec l’aide de 400 bénévoles.

Visitez le site officiel Sauvons le Bambi. Les services sont gratuits fait par des bénevoles.


Cédric Petit fait un appel sur le site de son association: 

  • Afin de réussir notre mission, nous avons besoin de pilotes de drones mais également de vous tous: Aidez-nous à faire connaître notre action !!! : nous souhaiterions que tous les agriculteurs sachent que nous sommes à leur service gratuitement pour les aider à préserver la faune et leur éviter des expériences traumatisantes.
  • Un drone équipé d’une caméra thermique coûte cher ( +- 6000eur).
    Notre association fait donc appel aux généreux donateurs pour soutenir son action.



Geração 'green'

28.07.2024




Sources: Sapo/ Sauvons Bambi/ RTBFActus - Ensemble pour la planète


Wednesday, July 03, 2024

REDList : Quase 50 mil espécies de animais e vegetais em risco de extinção !






Elefante de Bornéu
credits: Cheryl Cheah WWW Malasya


Mais de 45 mil espécies estão risco de extinção actualmente, um aumento de 1 000 face a 2023, anunciou a União Internacional para a Conservação da Natureza UICN), com a conservação do lince Ibérico em destaque como boa notícia.

A UICN divulgou uma actualização da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, que inclui agora, no total, dados de 163. 040 espécies animais e vegetais, mais 6 000 do que no ano passado.

Os catos Copiapoa, do deserto de Atacama, no Chile, o elefante de Bornéu, no Brunei, e o lagarto gigante da Gran Canaria, em Espanha, estão entre as espécies mais ameaçadas, segundo a UICN




Lagarto gigante Gran Canaria, Espanha

créditos: El Colecionista de Instantes

https://www.flickr.com/


A organização internacional de conservação atribui a culpa às pressões das alterações climáticas, às espécies invasoras e à actividade humana, como tendências nas redes sociais.

Por exemplo, os cactos Copiapoa são cobiçados como plantas decorativas, impulsionando um comércio ilegal que tem crescido nas redes sociais, onde entusiastas e comerciantes exibem e vendem as plantas.




Cacto Copiapoa
credits: Stan Shebs

A actualização da Lista Vermelha aponta que 82% das espécies desses cactos estão agora em risco de extinção, um aumento de 27 pontos percentuais do que o registo de 2023.

De acordo com a organização, os contrabandistas e os caçadores furtivos ganharam maior acessibilidade ao habitat das plantas devido à expansão de estradas e à construção de habitações na zona do Atacama.




Elefante pigmeu de Bornéu
credits: PLoS Biology


O relatório hoje publicado também destaca o elefante asiático de Bornéu como uma espécie em extinção, estimando-se que apenas cerca de 1.000 destes animais permaneçam na natureza.

A população diminuiu nos últimos 75 anos principalmente devido à desflorestação extensiva, destruindo grande parte do habitat dos elefantes.

Conflitos com humanos, perda de habitat devido à agricultura e plantações de madeira, mineração e desenvolvimento de infraestruturas, caça furtiva, exposição a agroquímicos e acidentes rodoviários também ameaçam a espécie, sustenta a UICN.

A lista ainda revelou o declínio dos répteis endémicos das Ilhas Canárias e em Ibiza devido às cobras invasoras.





Lince Ibérico
credit: Carlos Nunes

No entanto, a UICN lembra os esforços de conservação que permitiram recuperar o Lince Ibérico depois de estar perto da extinção.

O número de linces Ibéricos adultos multiplicou-se por dez neste século e o animal deixou de estar classificado como “em risco” passando a espécie “vulnerável” na Lista Vermelha.

“Os esforços de conservação permitiram recuperar esta espécie depois de estar perto da extinção, com um aumento exponencial da sua população que passou de 62 espécimes adultos em 2001 para 648 em 2022”, precisou a UICN.

Segundo a organização, a população total do lince Ibérico (Lynx pardinus), incluindo jovens e adultos, é estimada em mais de 2 000 exemplares.

Desde 2010, mais de 400 linces Ibéricos foram reintroduzidos em partes de Portugal e Espanha e o animal ocupa agora pelo menos 3 320 quilómetros quadrados, contra 449 quilómetros quadrados em 2005. De acordo com o Censo 2023 do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas ICNF, existem em Portugal 191 exemplares de lince Ibérico.






REDList/ IUCN

Over 45,000 species are now threatened with extinction - 1,000 more than last year - according to an international conservation organisation.

The International Union for Conservation of Nature IUCN released its latest Red List of Threatened Species on Thursday last week.

It blames pressures from climate change, invasive species and human activity such as illicit trade and infrastructural expansion for sending more species to the brink of existence.

Now in its 60th year, the list sounds the alarm about animals and plants at risk of extinction, but it also highlights conservation success stories such as the Iberian lynx.




Iberian Lynx
credit: CoDe83 / iNaturalist CC BY-NC

The list now includes 163,040 species in total, an increase of about 6,000 from last year. Copiapoa cacti native to Chile’s Atacama coastal desert, the Bornean elephant and the Gran Canaria giant lizard are among the threatened species, IUCN revealed.

The 2024 update also highlights the Asian elephant in Borneo as an endangered species. It is estimated that only about 1,000 Bornean elephants remain in the wild, according to IUCN analysis.





The population has decreased over the past 75 years primarily due to extensive logging of Borneo’s forests, destroying much of the elephants’ habitat. 

Conflicts with humans, habitat loss due to agriculture and timber plantations, mining and infrastructure development, poaching, exposure to agrochemicals, and vehicle collisions also threaten the species, the IUCN said.




Giant lizard and skink on the Canary Islands 
credits: Miguel A. Carretero

The list also revealed the “staggering” decline of endemic reptiles - the giant lizard and skink - on the Canary Islands and Ibiza due to predation by the invasive snakes.

In a contrasting tale, conservation efforts have revived the Iberian lynx from the brink of extinction, with the population increasing from 62 mature individuals in 2001 to 648 in 2022 and more than 2,000 now.