Melro-de-água
créditos: João Cosme
Pois é! Estamos mesmo atrasados nas postagens! Mas nem sempre temos tempo como gostaríamos para voltar ao blog. De qualquer modo, não queremos deixam em branco um prémio de fotografia de vida selvagem atribuido ao português João Cosme.
João Cosme recebeu no final de 2017 uma menção honrosa dos prémios atribuídos pela revista francesa Terre Sauvage pela série de 12 fotografias que revelam o dia-a-dia dos melros-d’água (Cinclus cinclus) nos rios de montanha de Vouzela.
Referências:
Melro-de-água
créditos: João Cosme
As 12 imagens do fotógrafo português João Cosme foram distinguidas na categoria “Histoire d’espèces”. O vencedor foi o fotógrafo norueguês Hermansen Pal com um trabalho sobre os patos eider (Somateria mollissima).
João Cosme seleccionou para concurso uma série de fotografias que fez ao longo de vários anos em diversos rios do Parque Natural local Vouga-Caramulo (Vouzela) e nas Montanhas Mágicas (serras Arada, Freita, Montemuro e Arestal).
Melro-de-água
créditos: João Cosme
Nelas podemos ver o melro-d’água a alimentar as crias, as cavidades rochosas cobertas de musgo e por detrás de cascatas onde fez o ninho, a mergulhar nas águas dos rios. Esta ave será a única espécie de passeriforme que mergulha.
Ainda se pode ver uma cria que acabou de sair do ninho e que explora um novo território pela primeira vez.
João Cosme desde sempre se sentiu fascinado pelos rios de montanha, especialmente da região onde nasceu, segundo disse. E escolheu estas imagens para levar a concurso por já ter uma grande diversidade de fotografias sobre esta espécie de ave.
Melro-de-água
créditos: João Cosme
Há vários anos que se dedica ao melro-d’água, uma das suas aves preferidas, “quer pela sua beleza, quer pelo seu extraordinário comportamento”.
“Todos os anos dedico uma grande parte do meu tempo a esta ave, quer na investigação, quer depois na parte fotográfica. Muitas das vezes selecciono um local que pode ter vantagens em termos estéticos e que pode proporcionar imagens com mais impacto criativo pois para mim não basta apenas fazer um registo simples.”
João Cosme
Melro-de-água
créditos: João Cosme
E há outros elementos a ter em conta. “Também é importante ter imagens do comportamento da ave e para isso é necessário passarmos muitas horas dentro do abrigo, com água gélida até ao peito e ter sorte nas esperas.”
Este foi o segundo ano que o fotógrafo português concorreu aos prémios da Terre Sauvage. “No ano passado a minha candidatura foi seleccionada para a final, mas acabou por não ser notificada para prémio.”
Agora, recebeu uma Menção Honrosa. “É uma grande satisfação quando vemos o nosso trabalho ser reconhecido num concurso internacional de prestígio”
João Cosme
Melro-de-água
créditos: João Cosme
O melro-d’água é pouco comum em Portugal. Distribui-se principalmente pelas terras altas do norte e do centro, podendo ser visto na maioria das serras portuguesas.
É uma espécie residente, que pode ser observada nos locais de reprodução durante todo o ano.
"Estes prémios acabam por ser um incentivo a continuar a retratar a natureza, ajudar a divulgar e sensibilizar para a sua conservação. São as espécies e todo o património natural que ganha.”
Melro-d’água (Cinclus cinclus)
Portugal
crédits: João Cosme
Le photographe portugais João Cosme a été nominé dans la catégorie Histoires d'Espèces avec ses douze photos du melro-d'água (Cinclus cinclus) ayant reçu une Mention.
Le merle d'eau se trouve dans les montagnes du nord du Portugal et est la seule espèce de passereau qui plonge dans l'eau.
Melro-d’água (Cinclus cinclus)
Portugal
crédits: João Cosme
Le palmarès de la 7e edition des Terre Sauvage Nature Images Awards est à découvrir sur le site du prestigieux concours.
Et si vous souhaitez en savoir plus sur chaque photo ou lauréat, cliquez sur la photo.
Bravo João Cosme!
Geração 'green'
13.02.2017
Wilder/ Terre Sauvage
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