Tuesday, May 21, 2024

Número de Andorinhas em Portugal caiu 40% em 20 anos





Andorinha

créditos: não identificado

via Wilder

SPEA afirma em comunicado que, se nada mudar em breve, é preciso encontrar outro símbolo para a chegada da Primavera. Pois! É que a Andorinha sempre foi o símbolo da chegada da Primavera. 

O número de andorinhas em Portugal diminuiu 40% nos últimos 20 anos, uma queda representativa do "declínio generalizado" de diversas espécies de aves migradoras de longa distância, alerta a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA). O cuco, o picanço-barreteiro e a rola-brava também estão em declínio.




O cuco
crédito: Peter Claytom/ Getty
Wildlife Photography

E afirma também que o o cuco, o picanço-barreteiro e a rola-brava estão em declínio em Portugal, Espanha e na Europa em geral.




Picanço-barreteiro

crédito: Joaquim Antunes

https://www.flickr.com/

Os dados fazem parte do “Censo das Aves Comuns”, publicado hoje, que avaliou as tendências populacionais de 64 aves comuns em Portugal continental para o período 2004-2023. É feita também a comparação com o que se passa em Espanha e na Europa, quanto às mesmas aves.




Andorinha

crédito: Jôrg Hempel

https://en.wiktionary.org/


"Em plena crise da biodiversidade, termos acesso a informação actualizada sobre o estado das nossas espécies de aves comuns é uma enorme mais-valia,"

Hany Alonso, técnico da SPEA e coordenador do Censo de Aves Comuns

E acrescenta: "Ao olharmos para as aves comuns podemos compreender melhor o que se passa em nosso redor. Estas espécies vão ser as primeiras a dar-nos indicação de que alguma coisa não está bem".




Andorinha das barreiras

credito: Alain Vernon

https://picturebirdai.com/



Espécies de Andorinhas que passam por Portugal
créidto: Ilustração Marcos Nunes Correira


Segundo a SPEA, aves migradoras como as andorinhas têm sido afectadas pelas alterações climáticas, seja nos sinais que usam para iniciar a migração seja quanto à abundância de insectos para alimentar as crias.



Pardal comum

A SPEA nota que, além das aves migradoras, também aves comuns nos meios agrícolas, como o pardal, o peneireiro e a milheirinha, estão em declínio nos últimos 20 anos, devido à “intensificação das práticas agrícolas”, que têm vindo a artificializar os campos, destruindo “os mosaicos tradicionais que permitiam que a biodiversidade florescesse”.




Milheirinha

créditos: Luis Garcia/ Wiki



Peneireiro
crédito: Primejyothi/Wiki Commons


O que é preciso fazer?

É preciso, acrescenta a SPEA,SPEA, restaurar a natureza, implementar políticas que promovam práticas agrícolas sustentáveis, e fazer mudanças no ordenamento do território, no desenvolvimento energético, e nas avaliações de impacto.





Ninhos de andorinha
crédito: Não identificado
via Google Images Archive


Remover ninhos de andorinha é proibido !

Se souber de alguém que quer destruir nimhos de andorinhas,  tente explicar que as andorinhas comem imensos insectos, sobretudo as moscas e mosquitos que podem estragar uma bela noite de Verão⁠.

.Se o problema for a sujidade, para evitar que o espaço debaixo do ninho fique sujo pode instalar-se uma “caleira” própria por baixo dos ninhos⁠.⁠ 

Se estes argumentos não forem suficientes, ou se só souber da situação a posteriori, contacte a linha SOS Ambiente: 808 200 520 ou www.gnr.pt/ambiente.aspx⁠.




A bern swalow perches on a brand in Guerreiro, Portugal
credit: Roger Powell, Natural Picture Library
via National Geographic

The swallows are a Spring symbol. However the number of swallows in Portugal has decreased by 40% in the last 20 years, a drop representative of the "generalized decline" of several species of long-distance migratory birds, warns the Portuguese Society for the Study of Birds (SPEA). The cuckoo, barrete shrike and turtle dove are also in decline.


The swallow (andorinha, in Portuguese) is a symbol of Portugalsymbol of Portugal so subtly synonymous with the culture that travelers may not even notice it. Swallows hang out in Portugal for some of the same reasons humans do: warm weather and great food. When the chill sets in and insects begin to run thin, they head farther south.






Geração 'green'

21.05.2024





sources: SPEA/ National Geographic